Para lembrar que hoje é o Dia Mundial Sem Carro, ciclistas dividiram espaço na EPTG, num dos horários de mais movimento. Eles foram pedalando do Guará ao Eixo Monumental. O bicicletaço também foi um protesto contra o cancelamento da construção da ciclovia prometida.
“Eu vou de Águas Claras para o Plano Piloto de bicicleta diariamente. Apesar de ter experiência, acho que uma ciclovia faz falta. É uma via expressa, então, fica difícil dividir o espaço com os carros”, avalia o servidor público Uirá Lourenço.
O engenheiro Rafael Andrade acredita que, além da implantação de ciclovias, é necessário que os motoristas que conscientizem. “Mudando isso, seria mais fácil difundir a bicicleta como meio de transporte das pessoas”, avalia.
Atualmente, o DF tem 160 quilômetros de ciclovias. Até o fim do ano, o Departamento de Estradas de Rodagem deve concluir 300 quilômetros de faixas exclusivas para ciclistas. A ideia é dobrar este número nos próximos anos. O GDF anunciou um investimento de R$ 55 milhões para a construção de ciclovias.
Até lá, fica difícil deixar o carro na garagem e mostrar que a bicicleta pode se tornar uma alternativa de transporte para o dia a dia. Outra saída seria o metrô, que hoje, no Dia Mundial Sem Carro, funcionará de graça, com a catraca livre em todas as estações. Mas os trens só atendem menos da metade da população do DF.
Quem está preocupado com os congestionamentos e com a poluição, reclama também da péssima qualidade do sistema de transporte coletivo.
“Hoje, para se deslocar da Asa Norte até uma faculdade da Asa Sul, de carro, eu gasto 20 minutos. De transporte público, eu demoraria mais de uma hora. Desse jeito não tem como”, sublinha o aposentado Oriva Campos.
Lívia Veiga
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