O Parque da Cidade foi palco ontem de uma audiência pública para debater políticas para o ciclismo no DF. O evento foi realizado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa, por iniciativa de seu presidente, deputado Paulo Tadeu (PT).
O presidente da Organização Não Governamental (ONG) Rodas da Paz, Ronaldo Martins, ressalta que o poder público só se meche pela comunidade e que a audiência pública é uma forma de manifestar e cobrar. “A vida do ciclista no DF é muito complicada, é preciso sobreviver no trânsito. Foram 26 mortos atropelados só em 2009 em Brasília”, exemplifica.
Com o objetivo de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, será instalado no DF o sistema cicloviário, por meio da Lei n 4.397, de 31 de agosto de 2009, de autoria do deputado Rôney Nemer (PMDB). A intenção é de que sejam construídas ciclofaixas, faixas compartilhadas e rotas operacionais de ciclismo, além de condições para criação de bicicletários em prédios públicos, parques, centros de compras, escolas, indústrias, condomínios e de promover a integração do sistema cicloviário com o transporte coletivo de passageiros – ônibus, metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT). Segundo o deputado Roney Nemer, a norma servirá ainda para que o ciclista conheça seus direitos e deveres, inclusive o pedestre em relação aos ciclistas. “Hoje há um número de carros excessivo. Devemos promover ações que diminuam o tráfego. Nossa intenção é de que haja harmonia entre motoristas, pedestres e ciclistas”, aponta.
DUAS RODAS
Dea Monteiro, 34 anos, usa a bicicleta diariamente para ir trabalhar e usa um apito para chamar a atenção dos motoristas. São 6 km de casa para o local de trabalho. “Acredito que para pequenas distâncias a bicicleta me atenda melhor do que o carro. Quando preciso que as pessoas me vejam, quando avisto um ponto de conflito e que não fui vista, uso o meu apito”, conta. Assim como ela, milhares de pessoas utilizam a bicicleta como meio de transporte no DF. Mas elas pedem segurança, lugares apropriados para transitar e mais respeito no trânsito. Para o ciclista Rafael Maya, as condições das vias hoje são precárias. Não há infraestrutura e falta respeito no trânsito. “Uma grande parcela da população precisa da bicicleta para ir trabalhar e muitas vezes sofre acidentes. Vemos projetos, leis, conferências, mas na prática ainda não existe nada”, reclama.
da Tribuna do Brasil:
http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=4259
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