quinta-feira, 30 de abril de 2009

duas coisas bacanas e uma palha...

... de se pedalar no trânsito.

É bacana...

...dar e receber sorrisos e cumprimentos a pessoas que você nunca viu na vida pelo simples fato que ela também está pedalando pela cidade. É bacana a solidariedade bicicleteira.

...apertar o botão do semáforo para atravessar a faixa e ver a fila de carros se acumulando. Há um prazer quase sádico nisso. É bacana desfilar assoviando em frente aos carros e seguir o caminho tranquilamente.

É palha...

...ter que se apertar, parar, desviar de motoristas de ônibus que não dão espaço para o convívio entre máquinas e bicicletas. Os motoristas profissionais parecem ser justamente aqueles que dirigem de maneira mais violenta e perigosa. É palha se sentir ameaçado em um lugar que deveria ser de todo mundo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Calendário Bicicleteiro!


Na Bicicletada de Abril, a chuva que nos impediu de sair no horário também permitiu que as pessoas que estavam ali sentassem para conversar sobre alguns dos caminhos e descaminhos que pretendemos seguir. É claro que assim que tivemos uma trégua da Natureza, saímos para uma das mais agradáveis Bicicletadas que já fizemos. Pelos panfletos, pelos apitos, pelos trajetos, pelos sorrisos. Foi muito bacana.

De qualquer maneira, uma das coisas que ficou armada nessa conversa foi um Calendário Bicicleteiro que, a princípio, seguirá pelos próximos meses. Aí vai:

Primeira terça após a Bicicletada: Reunião Bicicleteira
Encontro para termos um pouco mais de tempo para conversarmos e confabularmos sobre a Bicicletada. Para que os próximos pedais sejam cada vez mais intensos, divertidos e contraventores. Às 18h na Praça das Bicicletas, ao lado do Museu do Ovo.

Nesse mês, 28/04, ou seja hoje!

Segunda quinta do mês: Cine-Pedal!
Exibição itinerante de filmes sobre bicicleta, questões ambientais, nossas cidades e qualquer outra coisa que a gente achar relevante. Cada mês em um cine-clube da cidade.

Nesse mês, 14/05, exibição de "O Escocês Voador", no Balaio Café, 201 norte.

Última sexta do mês: Bicicletada!
Hora de colocar as bicicletas nas ruas, retomar a cidade e um pouco das nossas vidas. Concentração às 18h no cimento do Museu, a nossa Praça das Bicicletas.

Nesse mês 29/05, uma Bicicletada especial, Inauguração da Praça das Bicicletas!


Nos vemos lá então, hein!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

É hoje!


Hoje tem Bicicletada!

Há alguns meses em Brasília, há alguns anos em outros lugares do mundo, pessoas se reúnem na última sexta-feira de cada mês para colocar bicicletas nas ruas e reivindicar uma cidade menos opressora. Que o transporte seja mais acessível e menos segregador. Que não reflitamos nas vias, o consumismo, o egoísmo e o falocentrismo do resto do mundo. Nas gringas chamaram de Critical Mass, por aqui a gente apelidou de Bicicletada.

A propulsão humana contra a tirania do Apocalipse Motorizado.

Saímos 18h30, lá do Museu do Ovo, ao lado da Catedral, a nossa praça das bicicletas. Espero que a gente se encontre lá para pedalar, conversar, nos divertir. Retomar as ruas e um pouco das nossas vidas. Sejamos 5 ou 50.

Levem apitos, buzinas, tinta e sorrisos.
Apareçam e circulem: as idéias e as bicicletas.

Ciclista morre atropelada por caminhão

Correio Braziliense
Da Redação

Publicação: 24/04/2009 08:21
Atualização: 24/04/2009 09:04

Uma ciclista morreu na manhã desta sexta-feira, por volta das 6h50, na BR-040. Segundo informações de testemunhas, uma carreta teria atropelado a mulher, na altura do km 12 da via, próximo ao Jardim Ingá. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que o veículo responsável fugiu e ainda não foi localizado. O corpo da mulher está no local aguardando perícia. Uma faixa da BR está fechada, mas não há complicações no trânsito. Nas demais vias que cortam o Distrito Federal, o trânsito segue tranquilo, sem pontos de retenção. É o que afirma a Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) da Polícia Militar. Na Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) houve um acidente, por volta das 8h10. Uma viatura da PM foi deslocada para o local, mas de acordo com agente dos posto policial localizado na via, a colisão não complica o fluxo de veículos.

...

Enquanto isso, o GDF anuncia que vai implantar corredores exclusivos de ônibus na EPTG, até que seria uma boa notícia... MAS... como os corredores vão ocupar espaço na via, serão construídas mais quatro faixas de rolamento (duas para ir e duas para voltar) para veículos particulares.

OU seja, o GDF faz pouco caso dos ciclistas, sua política de segregação se alastra cada vez mais e nós, temos que pedalar indefesos, disputando espaço com carros, motos, ônibus e caminhões.

Como pode, o GDF suspender as obras das ciclovias previstas no tão famigerado programa PEDALA DF, dizendo que por causa da crise não tem verba para continuá-las, e ao mesmo tempo anunciar a construção de mais quatro faixas de rolamento numa via onde o fluxo de veículos já é pra lá de desastroso...

Esse é o incentivo que o GDF dá para sua população.

Ao invéz de investir em transporte publico de qualidade, em ciclovias, em programas de educação no trânsito, prefere gastar milhões ampliando as vias e incentivar ainda mais o uso egoísta dos carros.

Enquanto a população permanece calada, fatos como esse se tornam mais e mais parte do nosso cotidiano!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Exclusivo: Brasília, 49 anos

Presente de aniversário aos não motorizados
Texto e Fotos: Uirá Lourenço


No dia 21 de abril de 2009, Brasília fez 49 anos. Foi um feriado com muitas atrações na Esplanada dos Ministérios.
O clima festivo era visível. Moradores da cidade e turistas puderam aproveitar a programação. O dia só não foi de festa aos não motorizados, ciclistas e pedestres que resolveram desfrutar a tradicional paz no Eixão aos domingos e feriados.
Apesar de o governo pretender acabar com o lazer no local, o Eixão revela-se um importante espaço de convivência e prática esportiva para a população. A justificativa do Secretário de Transportes para a tentativa de reabertura para carros, em maio do ano passado, era a necessidade da via para a fluidez da mega-frota motorizada do DF.

Um típico domingo de lazer no Eixão sem carros: milhares de pessoas, além de cachorros, aproveitam a via para lazer e esporte.


Não é possível causar transtorno no trânsito da cidade para nem 100 pessoas passearem com cachorrinho.”
Alberto Fraga, Secretário de Transportes do Distrito Federal
(Correio Braziliense, 15 de maio de 2008)

No feriado de 21 de abril, a ligação entre as partes sul e norte do Eixão foi liberada para os carros e os seres não motorizados foram proibidos de circular pelo local. A Polícia Militar armou um grande esquema para proibir a circulação de pessoas e liberar o fluxo de carros. Os atletas que corriam e as pessoas que andavam, pedalavam e passeavam com a família foram impedidos de passar pela barreira montada nos dois lados do Eixão. Formou-se uma barricada física e humana – com cones, viaturas e policiais – para barrar a passagem.

Barricada contra os não motorizados no início do Eixão Sul


Barricada contra os não motorizados no início do Eixão Norte

As pessoas sem carro que tentavam passar pela barreira eram alertadas com sirene e gritos pelas autoridades de trânsito, como se fossem criminosos. Enquanto isso, os carros seguiam livremente pela pista. A orientação dada pelos agentes de trânsito era que se desviasse pela plataforma superior, em meio ao intenso fluxo de carros e ônibus. Um detalhe importante: dos cinco policiais no Eixão Sul, nenhum foi capaz de ajudar na travessia dos inúmeros pedestres e ciclistas que eram obrigados a atravessar a pista e ir pelo caminho alternativo.
Perguntei a um dos policiais o motivo do bloqueio. A resposta foi: “as pessoas não podem passar, pois temos que liberar para o fluxo de carros.”

Ciclistas arriscam-se entre os carros após a reabertura do Eixão para os carros

Vídeo: Guardas impedem a passagem de ciclistas e pedestres

Carros por todos os lados

Na Esplanada, palco da festa, os automóveis também tinham lugar cativo.
Apesar do metrô gratuito e do ônibus mais barato no dia da comemoração, os carrólatras insistiram em invadir os espaços para circulação das pessoas.
Os gramados próximos à rodoviária e ao teatro viraram estacionamento. As milhares de pessoas que transitavam pelo local tiveram que ceder espaço e correr risco em meio aos automóveis.

Carros estacionados no gramado ao lado do Teatro Nacional


Carros no canteiro ao lado da rodoviária

Apesar de não serem bem-vindos, era fácil constatar a alegre presença dos ciclistas.

Ciclistas marcaram presença na Esplanada

No próximo ano, a festa deve ser ainda maior, em comemoração aos 50 anos. Considerando a prioridade aos motorizados neste ano, é possível que em 2010 tenhamos todo o Eixão e todo o canteiro central da Esplanada liberados para os carros. E quem sabe multa e prisão aos pedestres e ciclistas que ousarem adentrar o espaço da festa.

Vale lembrar às autoridades alguns artigos do Código de Trânsito Brasileiro, com validade em todo o país, inclusive no Distrito Federal.

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

(...)

II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;

(...)

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

(...)

§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Infelizmente mais uma notícia dessas.
Ontem (16/04/2009) pela manhã, entre 10:00 e 11:30 Foi roubada na (Universidade de Brasília) UnB do Plano Piloto a bicicleta de um amigo nosso.

Segue abaixo detalhes da bike:
Kona Blast 2008
Supensão Rockshox
Rodas com aros brancos
Raios achatados
Cor azul
Número de série f712kO663

Segue abaixo link da imagem da bike:http://www.wiggle.co.uk/images/kona%20blast%2007.jpg

Se alguém tiver alguma notícia, favor entrar em contato com:
Stenio
stenio.alves@gmail.com
(61) 3361-6870
(61) 8435-5265

Por favor, circulem esta mensagem, temos que dar um basta nesse tipo de coisa.A gente já não tem nem segurança para pedalar nas ruas, e ainda por cima temos que nos preocupar com esse tipo de coisa.

É ridículo!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A bicicletada e o projeto segregador de Brasília.




A Bicicletada, para além de uma coincidência organizada que reúne pessoas empolgadas e entusiastas da cultura da bicicleta urbana, é também um espaço para refletirmos pedalando os espaços públicos e a organização social das nossas cidades.

Brasília possui um desenho que se esforça em segregar as pessoas, isolar. Os espaços públicos são reduzidos a praças vazias que exaltam o poder. Diversão é shopping center. A cultura de hipervalorização histérica por automóveis também valoriza essa desumanização. A falta de ônibus, de calçadas, de acesso é a receita para faltar pessoas. E o governo Arruda acompanha esse movimento. A carta dele vem abaixo.

Cada vez que as pessoas de Brasília conseguem de alguma maneira romper essa estrutura opressora e criar de espaços para comunhão e o encontro público, como é o caso de todas as últimas sextas do mês na Bicicletada, um mero passeio se transforma em um momento mais que especial.

Nos vemos para mais um desses, sexta que vem.
Até lá.

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Brasília, terça-feira, 03 de março de 2009

Plano Piloto

Considerei interessante a matéria deste domingo que mostra os desvios do Plano Piloto que ameaçam a qualidade de vida da população. Mas lamento não ter sido lembrado que: 1. Em dois anos, meu governo tirou as 6 mil vans piratas de circulação. 2. Fechou as pousadas da W3, onde havia desde motéis até pensões, todas sem alvará de funcionamento. 3. Retirou os camelôs do Grancircular, da Rodoviária, do Conjunto Nacional, do Conic, do Setor Comercial e construiu o Shopping Popular. 4. Proibiu os bares e casas noturnas com música ao vivo de ficarem abertos após as 2 horas, em acordo que contou com a participação dos moradores. 5. Retirou os outdoors da área tombada. 6. Construiu a estação do Metrô da 108 Sul e estão em construção as estações da 102 e da 112. 7. Retirou os moradores de rua do Plano Piloto, levando-os para os albergues. Retira, todos os dias, as crianças de rua, a maioria vinda do Entorno. 8. Investiu mais de R$ 100 milhões na melhoria da iluminação pública do Plano Piloto. 9. Fez as ciclovias do Lago Sul e do Lago Norte. 10. Não permitiu nenhuma nova invasão de área pública, ou grilagem de terra, ou condomínio irregular no DF. Posto isso, penso: e se todas essas medidas não tivessem sido tomadas? Ao lado das irregularidades acumuladas em décadas, seria interessante mostrar também o esforço do GDF na correção dos desvios, feita sob a coordenação da Secretaria de Ordem Social e Fiscalização, que vai continuar atuando.

· José Roberto Arruda, governador do DF

terça-feira, 14 de abril de 2009

Bicicletas de Belleville de graça nessa quarta.



Essa quarta tem cine-bicicleta de graça no Cabiria Café na 413 Norte. A belíssima animação Bicicletas de Belleville será exibida gratuitamente as 18h, 20h e 22h. Mais informações em http://www.cabiria.com.br/
Apareçam lá.

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Sinopse:
Madame Souza é uma velhinha portuguesa cujas ânsias estão dirigidas única e exclusivamente a seu neto, a princípio um garoto rechonchudo e melancólico. Primeiramente, ela lhe compra um cachorro, que acaba por preencher o vazio na vida do menino – o animal, porém, é logo esquecido, sendo substituído por uma bicicleta. A partir de então, o rapaz cresce e torna-se aficionado por ciclismo, uma paixão amplamente apoiada – e estimulada – por Madame Souza. Quando surgem notícias de que haverá um campeonato de ciclismo, o jovem não pensa duas vezes: logo começa a se preparar. Porém, é lá, no circuito tão esperado, que a confusão tem início, ao ter seu neto seqüestrado. Madame Souza parte em uma aventura bastante surreal cheia de referências ao nosso mundo, referências a outras obras cinematográficas e muita crítica ao modo de vida atual.

domingo, 12 de abril de 2009

As pegadas misteriosas no Eixão

12 de abril de 2009

Texto e fotos: Uirá Lourenço




Passos pintados no asfalto apareceram no Eixão. No feriado da Páscoa, quem aproveitou a tranquilidade do Eixão sem os carros pôde notar as pegadas no asfalto, na altura da 113N.
As marcas brancas de sapato parecem reivindicar paz e espaço para os sofridos pedestres que precisam cruzar a via. Eis o dilema diário da travessia: arriscar-se nas passagens subterrâneas fétidas e escuras ou enfrentar a pressa habitual dos motoristas.
Na via em que os carros correm a 80 km/h nos pontos próximos aos pardais (radares eletrônicos) – longe deles, a velocidade passa facilmente dos 100 km/h –, é louvável a iniciativa das pessoas que idealizaram e puseram em prática essa criativa intervenção urbana. Uma pergunta não sai da cabeça: haveria em Brasília uma Pedestrada? De forma análoga à Bicicletada, um movimento que reivindica mais espaço e respeito para os pedestres. Caso exista, entrem em contato conosco, afinal a caminhada também é uma forma saudável e não poluente de deslocamento.


Os passos pintados indicam o caminho de travessia dos pedestres.

Sujeira e mau cheiro infestam as passagens subterrâneas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Pedala-DF: verdade x mito

10 de abril de 2009
Pedala-DF: Promessas, fatos e propaganda
Texto e fotos: Uirá Lourenço


O Pedala-DF é o programa cicloviário criado pelo Governo do Distrito Federal. Com o intuito de promover o transporte por bicicleta, ele tem a meta de criar, até 2010, 600 km de ciclovias.
O sítio do Pedala-DF (http://www.pedala.df.gov.br/) expõe de forma clara a promessa: “Nossa meta é construir, até 2010, a maior malha cicloviária da América Latina, com 600 km de extensão. É muito mais mobilidade, segurança e qualidade de vida para a população.”
Até abril de 2009, foram inaugurados apenas 42 km de ciclovias, 7% do total previsto. Ou seja, ainda faltam 558 km, a serem construídos até o próximo ano.
No dia 22 de março, antes do início da prova Audax 200 em Brasília, foram distribuídos a todos os inscritos dois panfletos do programa cicloviário. Segundo o material impresso, “os acostamentos do Lago Sul e do Lago Norte receberam uma sinalização especial para aumentar a segurança dos ciclistas.”


O texto prossegue: “Os acostamentos receberam marcações vermelhas no piso sempre antes e depois de zonas compartilhadas com automóveis (nas entradas e saídas de quadras e comércios) e com ônibus (nos pontos de ônibus).”




Capa de um dos panfletos distribuídos.


Texto e ilustração dos panfletos.

Apesar de não ser morador dos bairros mencionados, passo eventualmente pela região e havia pedalado por lá no dia do Audax, já que o trajeto incluía as vias do Lago Sul e do Lago Norte. Não havia notado diferença na sinalização dos acostamentos, além das palavras quase apagadas “Atenção Ciclistas”, pintadas em alguns pontos.
De qualquer forma, pedalei na via que percorre o Lago Norte, no dia 09 de abril, e na região do Lago Sul, no dia seguinte. A intenção era encontrar os acostamentos com sinalização especial – marcações vermelhas.



Após vários quilômetros percorridos sob sol forte, eis o resultado:

- LAGO NORTE





Acesso a comércio sem sinalização especial.




Palavras pintadas no acostamento estão apagadas. Supõe-se que as palavras fossem “Atenção Ciclistas”.



Acostamento, calçada e parte de uma das faixas de rolamento bloqueadas por um caminhão.




Falta de sinalização em acesso a quadra residencial causa conflito entre motorista e ciclista.



Drenagem ruim dificulta o tráfego de ciclistas pelo acostamento.




Um dos ciclistas observados durante o percurso. Muitos utilizam bicicleta como meio de transporte.



Uso infantil de bicicletas reforça a importância de investimento em segurança e respeito no trânsito.



Bicicletas estacionadas em árvores ao longo da via confirmam a presença de ciclistas e
a necessidade de investimento em infraestrutura cicloviária.



- LAGO SUL




Buracos, desníveis e falta de qualquer tipo de sinalização no acostamento da via que percorre o Lago Sul.



Crateras presentes no acostamento contrastam com as boas condições da recente pavimentação da pista.


Sinalização horizontal apagada.




Mais um trecho de acostamento em péssimas condições e sem qualquer
sinalização, em contraste com o asfalto liso e as faixas pintadas da pista.


Ponto de ônibus sem marcações vermelhas e com água empoçada em dia ensolarado.




Acesso a um centro comercial sem sinalização especial.


Acostamento com buracos, poças d’água e brita, que dificultam e até impedem o tráfego de bicicletas.



Acesso sem qualquer tipo de sinalização especial para advertir motoristas quanto à presença de ciclistas.



Com base nas pedaladas e no registro fotográfico feito no local, conclui-se que o material impresso, publicado e distribuído pelo GDF, divulgou informações falsas, uma autêntica propaganda enganosa. A despeito da necessidade de maior segurança aos atuais e futuros ciclistas do Distrito Federal – em 2008, 54 ciclistas morreram nas vias do DF –, os acostamentos não receberam sinalização especial. Nas regiões do Lago Norte e do Lago Sul, não há sinalização horizontal nem vertical voltadas aos ciclistas. Sobram buracos, água empoçada e desníveis nos acostamentos.






quarta-feira, 8 de abril de 2009

Praça do Ciclista inaugurada em Aracaju

Pessoas intervindo nas cidades. As ruas também são nossas. Mais uma praça do ciclista criada, dessa vez em Aracaju:



E aí, quando vamos inaugurar nossa Praça das Bicicletas?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mais bicicletas na capital paulista.

Não tem redução do IPI. Não tem status. Não tem o apoio de grandes indústrias e de regimes tentáculos. Não tem bombardeio de publicidade-lobotomia. Ainda assim, o número de ciclistas em São Paulo só aumenta.

Pedalemos, para que os números bicicleteiros na capital candanga também aumentem. =)


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http://br.noticias.yahoo.com/s/02042009/25/manchetes-bicicleta-dobra-na-grande-sp.html

Uso de bicicleta quase dobra na Grande SP, diz estudo

O uso de bicicleta como forma de transporte praticamente dobrou na Região Metropolitana de São Paulo entre 1997 e 2007. Segundo a Pesquisa Origem e Destino, divulgada hoje pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o número de viagens diárias de bicicleta na região saltou de 165 mil para 305 mil no período (crescimento de 84%). No decênio, o número de viagens não motorizadas (bicicleta e a pé) registrou crescimento de 18%. No total, o número de viagens de bicicleta ou a pé correspondem a 34% do total.

Segundo a pesquisa, o principal motivo para viagens a pé é ir à escola ou à faculdade, citado por 57% dos entrevistados, enquanto 26% apontaram o trabalho. Do total, 89% das viagens são realizadas a pé por causa da pequena distância a ser percorrida. Já entre as viagens de bicicleta, o principal motivo é trabalho, citado por 71% dos entrevistados, seguido por educação, com 12%, e lazer, com 4%. Segundo o levantamento, 56% afirmaram que usam bicicleta como meio de transporte por causa das pequenas distâncias a serem percorridas e 22% consideram cara a condução alternativa.

A pesquisa mostrou que as viagens não motorizadas são feitas majoritariamente por crianças e jovens, que vão a escola a pé ou de bicicleta. Após os 18 anos, eles passam a utilizar o transporte público ou a andar de carro. Segundo o levantamento, o principal lugar de guarda das bicicletas é privado, citado por 61% dos entrevistados. Os bicicletários gratuitos correspondem a 15% e os locais públicos, 8%.

A pesquisa Origem e Destino é realizada desde 1967 a cada dez anos. Nesta quinta edição, ela abrangeu os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. As entrevistas para a base de dados começaram em agosto de 2007 e totalizaram 214 dias de trabalho em campo e 30 mil entrevistas.

sábado, 4 de abril de 2009

BICICLETA ROUBADA

Prezados senhores,

Estamos investigando um roubo (a mão armada) de uma bicicleta Cannondale F8, na cor vermelha.
O fato ocorreu no dia 20 de maio, nas proximidades da QE 46 do Guará II, sendo que um dos autores deflagrou um disparo qdo saía do local do crime.
*O quadro da bicicleta é **G6648M5*.
Como vossos grupos contam com diversos participantes e uma excelente
abrangência, inclusive em comunidades do *Yahoo*, gostaríamos que fossem divulgados os dados abaixo nas comunidades e nos sítios administrados pelos senhores, bem como, se possível, em lojas especializadas.
Qualquer informação que ajude a desvendar o fato e prender os dois autores é bem-vindo.
Caso prefira fazer uma denúncia anônima, favor contactar o número 197.
Atenciosamente,

Agente Ulisses Silva
PCDF - Polícia Civil do Distrito Federal
DEPATE - Departamento de Atividades Especiais
DICAT - Divisão de Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia
Email: ulisses@pcdf. df.gov.br
Telefone: (61) 3462-9543

RESUMO:

Bike roubada

Modelo: Cannondale F8
Cor: Vermelha
Número do quadro: **G6648M5*

Abaixo, foto ilustrativa de modelo similar:

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dicas: de bike para o trabalho.

No mundo perfeito, que existe apenas na minha cabeça, ninguém deveria ter que trabalhar. Como esse não é o caso (ainda?), seria muito bacana se todo mundo conseguisse aproveitar para fazer do trajeto entre sua casa e o trabalho, um momento de prazer antes do confinamento laboral. A bicicleta pode ser uma ótima ferramenta pra isso.

Então, aí vão algumas dicas para você pedalar para o trabalho e ter a cada dia cada vez mais momentos agradáveis.
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  • Leve uma camiseta limpa na mochila, para se trocar quando chegar ao destino. É por isso que os ciclistas costumam usar mochilas…
  • Limpe as axilas com lenços umedecidos.
  • Se o capacete estraga seu cabelo, use uma bandana.
  • Se você não quer chegar de capacete e suado no destino, pare em algum lugar antes para se trocar no banheiro.

Eu ainda acrescento o seguinte:

  • Banho: Se possível, tome um banho *antes* de pedalar. Ajuda a não ficar com odor ao suar.
  • Antitranspirante: Use sempre um desodorante antitranspirante, antes e depois da pedalada.
  • Axilas: Se você conseguir lavar as axilas numa pia de banheiro, melhor ainda (seque a pia depois). Senão, limpe com o lenço umedecido, depois seque e passe o antitranspirante.
  • Cabelos: Se você tem cabelos bem curtos, pode lavá-los na pia também. Nem precisa xampú, água em abundância já resolve. A garrafinha de água quebra um galhão nessa hora: coloque a cabeça em cima da pia e jogue a água por cima.
  • Playground: Limpe também a área genital com os lenços umedecidos.
  • Toalha: Leve uma toalha de rosto. Seque com ela o que você tiver lavado (rosto, axilas, cabelo) e depois use a toalha úmida para limpar o resto do corpo.
  • Roupas: Leve na mochila uma muda de roupa completa e se troque no banheiro. É importante levar principalmente outra roupa íntima e outro par de meias.
  • Bermuda: Recomendo pedalar de bermuda, para não sujar a calça na corrente ou nos raios das rodas, mas se o tempo não permitir isso, você pode prendê-la junto à perna com velcro ou enrolar a barra para cima até o joelho.
  • Sacolas: Leve sacolas plásticas para embalar a roupa suja. Leve a roupa limpa também dentro de uma sacola plástica, assim se chover no meio do caminho, a roupa limpa continuará seca.
  • Roupa social: Precisa levar uma camisa que amassa? Dobre-a e coloque dentro de uma daquelas pastas plásticas mais altas, que se usa em escritórios. Coloque a pasta na mochila ou, se sua bike tiver, no bagageiro. Algumas lojas usam um truque que é dobrar a camisa em volta de um pedaço de papel cartão ou papelão, colocando também uma tira de papel cartão debaixo da dobra do colarinho. Uma calça social pode ir dentro dessa mesma pasta, debaixo da camisa. O paletó pode ficar na empresa…
  • Perfume: Você pode passar um perfume depois de se limpar, mas não exagere para não ficarem achando que você se encheu de perfume para esconder algum cheiro de suor (você não vai ficar com cheiro de suor se tiver usado um antitranspirante - os de roll-on tem um efeito bom).
Essas dicas podem ser encontradas num bacana blog de Dicas para o Ciclista Urbano e foram enviadas pelo Igor. O Denir também enviou um guia bastante completo chamado De Bicicleta para o Trabalho, feito pelo pessoal do Transporte Ativo e do Mountain Bike BH. Aproveitem pra comentar com outras dicas também. =)

Fotos das Bicicletadas

A Bicicletada (massa crítica) foi retomada na capital federal e muitos ciclistas têm aderido ao movimento a cada mês. A alegria e as manifestações estão presentes nas ruas na última sexta-feira de cada mês. A concentração ocorre a partir das 18h30, no cimentão (vulgo Museu da República) localizado próximo à Catedral.

Sem dúvida, um espaço para interagir, conhecer pessoas bacanas, cantar, reivindicar e, obviamente, retomar as ruas! Nossas magrelas também são veículos! Aliás, veículos não poluidores, não barulhentos e que ocupam espaço ínfimo nas vias.

Confira algumas fotos das Bicicletadas em Brasília:

Bicicletada de setembro de 2008


Bicicletada de setembro de 2008


Bicicletada - Dia Mundial sem Carro (22/9/2008)

Bicicletada das Bruxas (outubro/2008)

Bicicletada das Bruxas (outubro/2008) - pintura de ciclofaixas



Bicicletada de janeiro/2009 - Protesto contra mortes de ciclistas


Bicicletada de janeiro/2009 - Protesto contra mortes de ciclistas



Bicicletada de março/2009 - camisetas estilizadas



Bicicletada de março/2009 - a W3 é nossa!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Oficinão coletivo do Bicicleta Livre

Vai uma graxa aí?

Sabe aquela bicicleta parada na garagem, que ninguém lembra de usar? Ela vai ter utilidade! O BICICLETA LIVRE, projeto de extensão da UnB, oferece no sábado, dia 04 de abril, uma oficina de manutenção de bicicletas, das 10h às 18h, na sala 34 da Faculdade de Educação Física da UnB.
O objetivo é integrar os participantes e atrair voluntários para a implantação de um sistema de bicicletas comunitárias na universidade.
Além de diversão e redução da pegada ecológica, os participantes podem ganhar créditos de extensão.
As “bicicletas livres” são arrecadadas por doação.
Neste final de semana 26 bicicletas cedidas pelo Ong. Rodas da Paz e pela Transamérica serão pintadas e consertadas.
Quem quiser dar um trato na sua magrela também é bem vindo! É só levá-la e colocar a mão na graxa.

Para saber mais, participar do projeto ou doar bicicletas, ligue:
Yuriê 9154 7958;
Ricardo 8111 6204;
Marcela 9103 2428;
Matheus 9228 0951

Apoio: Núcleo da Agenda Ambiental da UnB
"Nossa resposta faz a diferença!

Resumo:

O quê: Oficina coletiva do Bicicleta Livre
Quando: Sábado (04/04/2009)
Horário: 10:00 às 18:00
Onde: UnB - Faculdade de Educação Física - Sala 34

Acidentes de carro: R$ 117 milhões para tratar vítimas em 2006

A lógica capitalista dos automóveis anda em completa sintonia com o ideal liberal de que a sociedade é formada por indíviduos completamente independentes entre si, cujas vontades, forças, desejos não se influem nem se afetam mutuamente. Os carros são uma ótima maneira de criar barreiras entre nós e o mundo. Dentro da gaiola de metal, servida com ar-condicionado e rádio AM-FM, os problemas do mundo viram problemas "dos outros".

Mas isso não impede quem tá do lado de fora tentar mostrar pra essas pessoas que a coisa não é bem por aí:

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Jornal do Brasil
31/03/2009

O custo da violência para o SUS
Luciana Abade

Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações por agressão em 2006 foram de R$ 40 milhões. A despesa com as internações das vítimas de acidentes de carro no mesmo ano foi de aproximadamente R$ 117 milhões. Os números, no entanto, para tratar essas agressões e acidentes são pelo menos quatro vezes maiores. É o que mostra estudo realizado por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Publicada pela Fiocruz, a pesquisa levou em consideração o atendimento ambulatorial e surpreendeu os pesquisadores quando constatou-se um número abaixo do esperado em relação à violência.

- Esse foi o resultado maior. A mortalidade ocasionada pela violência é muito alta - afirma uma das autoras do estudo, Rute Imanishi. - O número de internações consequentes de violência é relativamente baixo porque a maioria das vítimas morre antes de ser atendida e, quando chegam vivas aos hospitais, são atendidas na emergência.

Um exemplo dessa situação é a a constatação que, no ano 2000, as agressões representaram 38% do total de mortos por causas externas e apenas 5,4% dos internados pelo mesmo motivo. Ainda assim, a pesquisa garante que essa demanda é suficiente para congestionar os serviços de emergência dos hospitais das grandes cidades.

Em 2006, foram realizadas 11.721.412 internações nos hospitais do SUS no Brasil, sendo 822.412 por causas externas. Destas, 48.283 devido a agressões e 123.100 devido a acidentes de transporte terrestres. De acordo com o Ministério da Saúde, o custo de uma internação é maior nas regiões Sul e Sudeste. E, no Sul, o custo chega a ser o dobro da Região Norte.

Para estimar um número mais próximo da realidade, além de levantar os atendimentos ambulatoriais, os pesquisadores consideraram os gastos estaduais e municipais com a saúde pública.O método mostrou que enquanto o DATASUS anunciou um gasto, em 2004, de R$ 540 milhões com internações hospitalares registradas como causas externas, como agressões e acidentes de trânsito, a despesa ultrapassou a casa dos R$ 2 bilhões.

Precariedade - Segundo a pesquisadora, a falta de bancos de dados completos dificulta a ação dos pesquisadores e, consequentemente, a criação de políticas públicas para a área. Esse problema ocorre, principalmente, porque nem todas as despesas necessárias para custear as internações hospitalares passam pelos registros de Autorização para Internação Hospital (AIH). E os registros de pagamentos das AIHs, principais referências para os repasses de recursos federais, não contemplam os gastos efetuados por estados e municípios com o SUS. Além disso, o atendimento ambulatorial não especifica a natureza do problema da vítima.

De acordo com Rute, os autores da pesquisa reconhecem a complexidade da matéria saúde no Brasil, mas acreditam que o simples procedimento de preencher a Classificação Internacional de Doenças (CID) no prontuário médico de entrada nos hospitais já seria suficiente para o aprimoramento qualitativo e quantitativo das pesquisas.