quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Expresso Turístico faz primeira viagem com vagão bicicletário

O Expresso Turístico da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fez a primeira viagem com o vagão bicicletário na manhã de domingo (26/09). A composição saiu de São Paulo e chegou a Mogi das Cruzes às 10 horas, com um grupo de cicloturistas e o presidente da CPTM, Sérgio Avelleda, que acompanhou o grupo. Na chegada à cidade, todos foram recebidos pelo prefeito Marco Bertaiolli.

“É claro que Mogi das Cruzes não possui a característica de ser uma cidade onde as pessoas passam uma semana de férias, mas, por outro lado, o turismo de um dia tem ótimas atrações e o fato de a cidade ficar a 50 quilômetros de São Paulo estimula os paulistanos a conhecerem as nossas atrações turísticas”, disse o prefeito, ao lado do chefe-adjunto de Governo, Marcus Mello, e dos secretários Eli Nepomuceno (Segurança) e Marinês Piva (Assistência Social).

O novo vagão tem espaço para acondicionar 50 bicicletas, que são colocadas em uma estrutura especial, garantindo a segurança do equipamento. As viagens regulares, a cada 15 dias, começarão em outubro e terão custo de R$ 28, além de uma taxa para o transporte das bicicletas.

Chegando a Mogi das Cruzes, o cicloturista receberá um mapa da cidade e terá a opção de passear pelos principais pontos turísticos do município ou participar de uma trilha pela Serra do Itapeti. No primeiro roteiro já definido, o ciclista, após tomar um café da manhã no clube Vila Santista, iniciará o passeio pela estrada Cruz do Século, que o levará ao Parque Municipal Natural “Francisco Affonso de Mello – Chiquinho Veríssimo”. No parque, serão apresentadas informações sobre o local e haverá uma trilha em meio à natureza. Após este passeio, os participantes voltarão ao ponto de apoio para banho, lavagem das bicicletas e almoço.

“Este é o primeiro roteiro que já está definido. Agora, estamos desenvolvendo outros três passeios com trilhas leves, médias e avançadas, que serão implantados em breve para oferecer ainda mais opções para os nossos turistas”, explicou o coordenador de Turismo da Prefeitura de Mogi das Cruzes, Fábio Barbosa.

Outra novidade é a instalação de bicicletários próximo a pontos turísticos da região central, como o Theatro Vasques, o Parque Centenário, o Museu Guiomar Pinheiro Franco e a praça Oswaldo Cruz.

O trajeto Luz – Mogi das Cruzes do Expresso Turístico foi criado pela CPTM em junho de 2009 e desde então oferece três opções de roteiros para o turista: o centro histórico, o orquidário oriental e o Parque das Neblinas. Em pouco mais de um ano, mais de 3.500 pessoas já participaram das viagens.

Mais informações sobre os passeios do Vagão Bicicletário do Expresso Turístico podem ser obtidas pelos telefones 4798-5078 e 4726-9920. (MAS)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Concurso de fotografias e desenhos de humor "Show me a reason to bike"

O concurso propõe que os internautas mostrem, através de desenhos de humor e fotografias, razões para adotar a bicicleta como meio de transporte. A idéia é abrir espaço para as pessoas postarem seus argumentos pró-bike de maneira criativa e bem humorada e dessa forma estimular a reflexão sobre o tema.
As inscrições iniciaram em setembro e os trabalhos poderão ser entregues até 05 de novembro de 2010.
Leia o regulamento do concurso aqui. (http://whybiking.com/concurso/regulamento/). As inscrições já podem ser feitas através do site (http://whybiking.com/)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Engenheiro cria avião movido a pedaladas e que bate as asas


Aeronave tem tamanho de Boeing 737, mas pesa apenas 42 kg

Um avião movido a pedaladas entrou para a história da aviação ao conseguir
bater as asas sem parar.

Criado por Todd Reichert, um estudante de doutorado em engenharia do
Instituto de Estudos Aeroespaciais da Universidade de Toronto, no Canadá, o
avião manteve a altitude e a velocidade por 19,3 segundos, percorrendo uma
distância de 145 metros a 25,6 km/h.

Desde Leonardo Da Vinci – que desenhou o primeiro ornitóptero (como é
chamado esse tipo de aeronave) em 1485 – o homem vem tentando voar igual aos
pássaros.

Antes da missão, Reichert perdeu 8 kg para facilitar o voo. Ele diz que o
avião "representa a realização de um velho sonho da aeronáutica".

A aeronave tem envergadura (distância entre as pontas das duas asas) de 32
m, algo comparável ao tamanho de um Boeing 737, mas pesa apenas 42 kg –
menos do que todos os travesseiros a bordo do avião comercial.

Chamada de SnowBird (Pássaro da Neve, em português), a máquina fez seu
primeiro voo em agosto em um clube de Ontário, no Canadá. O feito foi
testemunhado pelo vice-presidente da Federação Aeronáutica Internacional
(FAI), órgão que regulamenta os esportes aéreos e recordes mundiais da
categoria. A informação foi revelada nesta quinta-feira (23) pelo jornal
inglês Daily Mail.

O registro oficial foi pedido neste mês, e a FAI deverá confirmar o recorde
mundial em um encontro em outubro. Reichert diz que "o uso da energia
humana, seja na caminhada ou na pedalada, é um meio de transporte eficiente,
confiável, saudável e sustentável".

Como avaliar as vias ciclísiticas

A ViaCiclo está compartilhando o "Guia metodológico para avaliação de vias ciclísticas", documento elaborado a partir da experiência piloto do projeto Ciclobservatório em Florianópolis/SC.
Muito apreciaremos comentários e sugestões para aprimorar o trabalho e a contribuição com a mobilidade ciclística no Brasil.
O "Guia" e documentos adicionais podem ser baixados em http://fwd4.me/d3q

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fotos do Pedalaço!


por Uirá

mais em:
http://picasaweb.google.com.br/uiradebelem/DiaMundialSemCarro229#

400 mil usam ciclovias no DF

Os amigos Emerson Roberto, 34 anos, e Nadison Batista, 27, comemoram a construção da ciclovia que passa dentro do Park Way. “Todos os dias vamos de bicicleta até o trabalho, que fica em Águas Claras”, diz Emerson, morador de Taguatinga. “Se tivesse que pegar ônibus, chegaria mais tarde no serviço por causa do trânsito intenso”, completa, enquanto o amigo Nadison reafirma a importância do projeto das pistas exclusivas. “Elas ajudam na melhoria da saúde das pessoas, além de desafogar o trânsito”, elogia.

Emerson e Nadison não são exceções. Segundo dados colhidos pelo Governo do Distrito Federal em 2009, mais da metade dos ciclistas (50,92%) utiliza as vias exclusivas para ir e voltar do trabalho com mais agilidade e segurança. O presidente da ONG Rodas da Paz, Ronaldo Martins Alves, estima que atualmente cerca de 400 mil pessoas utilizem as ciclovias no Distrito Federal para alguma finalidade. Destas, entre 200 mil e 250 mil vão trabalhar usando a bicicleta.

Alves explica que a construção das ciclovias do Distrito Federal é planejada para atender às necessidades de todos os usuários. Além desses 50,92% que usam as ciclovias como meio de transporte para o trabalho, outros 13,84% vão às aulas pedalando. As pistas exclusivas também são usadas para finalidades esportivas (8,86%), de lazer (14,35%), assuntos pessoais (6,93%), compras (2,14%) e outros (2,97%). “Mais do que atender o lazer, a ideia do sistema cicloviário deve ser montar um esquema severo de mobilidade sustentável para essas pessoas que trabalham”, explicou ativista.


Além de gerar economia, o transporte por bicicleta garante aos trabalhadores mais qualidade de vida, além de menores danos ao ambiente, com a redução de emissões por parte dos ônibus e automóveis que deixam de circular. Para isso, porém, é essencial que os trabalhadores encontrem vias seguras e bem sinalizadas no caminho até o trabalho. “Quem depende da bicicleta para economizar dinheiro e comprar comida no final do mês tem que ser priorizado”, diz o presidente da ONG Rodas da Paz.

Conforme dados o levantamento feito pelo GDF, a principal razão para que os usuários optem pela bicicleta é a economia (47,27%) em relação a outros meios de transporte. Outros 16,7% preferem utilizar a bicicleta para várias finalidades em razão da saúde proporcionada pelo exercício físico. Maior parte dos usuários das ciclovias é formada por trabalhadores empregados (41,34%), estudantes (24,17%) e autônomos (15,72%).

Mais segurança no caminho
Segundo a ONG Rodas da Paz, nos últimos 14 anos, 723 ciclistas morreram no trânsito do Distrito Federal. Somente nos cinco primeiros meses de 2010, foram registradas 18 mortes pelo Detran. Na última quarta-feira (22), no Dia Mundial sem Carro, além de estimular o uso da bicicleta como veículo alternativo, a organização alertou os ciclistas para algumas medidas simples – como o uso de roupas claras ou chamativas – que garantem maior segurança no percurso (veja dicas abaixo).

No sentido de oferecer mais segurança aos ciclistas, a principal medida adotada pelo GDF é a ampliação da rede de ciclovias. Atualmente, o Distrito Federal conta com 160 quilômetros de vias concluídas. A meta do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é chegar ao fim de 2010 com 300 quilômetros de pistas prontas, ligando o Plano Piloto às demais cidades do DF. Nos próximos anos, a meta é do Distrito Federal é de 600 quilômetros. Segundo o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta do Ministério das Cidades, hoje, as ciclovias existentes em todo o Brasil somam mais de 2,5 mil quilômetros de extensão.

Conforme o presidente da ONG Rodas da Paz, uma campanha adequada de educação no trânsito (confira algumas dicas abaixo) – aliada a um projeto de ciclovias definitivo – evitaria muitos acidentes. “Isso é o que estamos buscando para diminuir os acidentes”, afirma Ronaldo Martins Alves. “As ciclovias que foram terminadas foram muito bem planejadas e trouxeram benefícios para a população. Mas agora estamos aguardando o término do projeto”.

Enquanto isso, os moradores das regiões já beneficiadas comemoram as melhorias trazidas pelas ciclovias concluídas. Para a moradora de Águas Claras Neuza Andrade, 47, a ciclovia trouxe segurança e oportunidade de lazer. “Venho de ônibus, desço na EPTG e sigo caminhando até minha casa”, diz a servidora pública. “A pista é segura e ainda faço minha caminhada no fim da tarde. Antes, andávamos no acostamento da estrada ou no barro”. Além das ciclovias (vias exclusivas), o Distrito Federal conta ainda com mais de 60 quilômetros de ciclofaixas (vias compartilhadas) para pedestres e ciclistas.

Para ir e vir com tranquilidade
Hábitos simples são muito úteis no dia-a-dia do ciclista. Veja as dicas abaixo e fique atento:

Sempre e em qualquer lugar
• Seja educado
• Obedeça às leis de trânsito
• Tente antecipar a reação do trânsito. Olhe longe. Pense adiantado
• Se possível, evite ruas e avenidas movimentadas
• Não faça ziguezague. Procure pedalar mantendo uma linha reta
• Use roupas claras ou de cores chamativas, sempre. Elas facilitam que o ciclista seja visto, evitando acidentes
• Utilize luzes traseiras (vermelhas) e dianteiras (brancas). Elas auxiliam na visualização do ciclista. Se isso não for possível, coloque refletores. São de fácil acesso e também ajudam na visualização. Mantenha-os limpos
• Use capacete sempre, mesmo transitando em baixa velocidade. O equipamento protege a cabeça, diminuindo os riscos de o ciclista sofrer graves ferimentos, caso colida com outro veículo
• Utilize sapatos fechados. Estes calçados são os mais indicados para pedalar. Sandálias abertas podem prender o pé, machucar ou dificultar os movimentos
• Não pedale muito próximo ao meio fio
• Não fique olhando para trás, preocupe-se com o que vem pela frente. Em menos de 1% dos acidentes, o ciclista sofre uma colisão traseira. Só olhe para trás quando for realmente necessário
• Mantenha a bicicleta (e os seus dispositivos de freio, tração e sinalização) em bom estado
• Não use aparelhos portáteis de som (walkman, rádio ou MP3 player) com fone de ouvidos
• Aprenda a ouvir o trânsito
• Em descidas fortes, evite deixar a bicicleta embalar demais
• Fique atento com mudanças de piso e suas diferentes aderências. Tampas de bueiro em aço ou sinalização pintada no solo quando molhadas escorregam muito
• Nunca chegue correndo em cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos
• Esteja sempre com a marcha correta engatada. Antes de parar a bicicleta nos cruzamentos, engate uma marcha que lhe permita arrancar rápido
• Próximo a árvores pode haver raízes perigosas. Evite passar muito próximo delas
• Pedale tranqüilo. Ande de forma que seu comportamento transmita segurança aos outros


Em relação aos motoristas
• Sempre sinalize suas intenções. Se possível, sinalize com o olhar (para o motorista ou pedestre) qual caminho pretende seguir. Se não é possível ver o olho do motorista, olhe para as rodas dianteiras do carro
• Ande na mão de trânsito. O motorista de um veículo não está preparado para encontrar alguém que esteja na contramão
• Mantenha-se à direita da mão de direção
• Não pedale onde o motorista não pode vê-lo
• Nunca force uma situação contra um carro, moto ou ônibus
• Com chuva ou chão escorregadio diminua a velocidade. A chuva também prejudica a visibilidade de todos, inclusive dos motoristas. Sob chuva, redobre a atenção
• Tenha cuidado com portas de carro se abrindo
• Motoristas de veículos grandes não têm boa visibilidade externa. Portanto, o ciclista deve guardar distância


Em relação a pedestres e outros atores
• Respeite o pedestre, sempre. Pedestres têm prioridade sobre ciclistas. Lembre-se que você também é um pedestre. Respeite para ser respeitado
• Um pedestre pode mudar de direção de maneira muito brusca. Aproxime-se devagar, avisando sua chegada e passe guardando distância
• Fique atento com patins e skates. Eles também mudam de direção muito rápido
• Cachorros e gatos têm reações inesperadas. Evite assustá-los

Fonte: Rodas da Paz

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Transportes: vias engarrafadas e sistema público ineficiente

DF já tem 1,2 milhão carros, e a frota cresce em ritmo acelerado, aumentando os engarrafamentos e diminuindo a qualidade de vida. Usuários do transporte público reclamam da precariedade do serviço.

Moradoras de Samambaia, a doméstica Eleonoura Silva Resende e a secretária Fernanda de Freitas não se conhecem, mas enfrentam todos os dias o mesmo transtorno para chegar ao trabalho, no Plano Piloto. Elas não têm carro e acordam muito cedo para chegar no horário. São mais de 60 quilômetros para ir e voltar. Eleonoura vai de ônibus; Fernanda, de metrô.


Eleonoura espera. O primeiro desafio é conseguir entrar no ônibus lotado, desgaste comum a todos que dependem do transporte público. “Todo dia vai todo mundo pendurado”, reclama um passageiro.

Do outro lado da cidade, para chegar ao metrô, Fernanda também passa por aperto no microônibus. “É sempre assim, todos dias”, conta. Tem passageiro que quase senta no colo do motorista. “Tem pouco ônibus para roda”, desabafa o ajudante de pedreiro Valdir Mesquita.

O governo diz que são quase três mil ônibus circulam no DF, distribuído em 967 linhas. Para Eleonoura, esses números que não fazem diferença. “Todos os dias eu vou em pé”, relata. “Tem dia que nem o pé levanta do lugar”, detalha o auxiliar de serviços gerais, Manoel de Souza.

Enquanto isso, Fernanda sai do aperto do microônibus para se espremer no metrô, situação vivida por 160 mil passageiros, que pagam tarifa de até R$ 3 para se apoiar nos poucos espaços que sobram nos vagões. “Às cinco, seis horas da tarde, você tem que esperar dois, três trens passar pra você conseguir entrar”, conta a babá Andréa da Silva. Atualmente, 42 km de linhas ligam o Plano Piloto a apenas cinco cidades. São 24 estações e 21 trens.

Voltando ao ônibus, Eleonoura consegue um lugar, mas a situação desanima: o veículo tem fiação exposta e defeitos na janela, na porta e na campainha. O governo afirma que 1.950 ônibus, o que corresponde a 64% da frota, foram renovados nos últimos dois anos, mas os passageiros questionam esses dados. “A gente paga caro pAra ir em pé, às vezes se machucando. O pessoal dá cotoveladas, então, o jeito seria colocar mais ônibus”, avalia a servente Edimeire da Silva Pereira.

Apesar de não ter aumento há quase cinco anos, a passagem do DF é a mais cara do país, chega a R$ 3 em algumas linhas. Os problemas se multiplicam e os passageiros também. Por dia, cerca de um milhão de pessoas utilizam o transporte público no DF, parte delas esquecida pelo sistema. “Passa na televisão [ônibus] com rampa, mas eu nunca peguei um ônibus com rampa”, diz a dona de casa Maiara de Jesus Silva.

O DFtrans diz que 950 ônibus com rampa circulam no DF, o que corresponde a um terço da frota, mas esse números não convencem Maiara, que tem um filho de quatro anos portador de necessidades especiais. “Se estiver só, eles não param. Os que param já aceleram antes de eu colocar a cadeira direito, não têm paciência”, reclama.

Fernanda saiu do metrô e pegou mais um ônibus. Em uma hora e quarenta minutos, ela pegou três conduções e já chega no trabalho exausta. Eleonoura, que pegou um ônibus só, gastou uma hora e vinte minutos para chegar no seu destino.

Sem alternativas, a população recorre ao transporte próprio, que mal funciona. Quem pode, tira o carro da garagem. A frota do DF só aumenta, mas, em vez de conforto, o motorista acaba ganhando muita dor de cabeça.

Proporcionalmente, o DF tem a frota que mais cresce em todo país. São cerca de 300 carros novos por dia, e o número de veículos dobrou na última década. De acordo com o Detran, já mais de um milhão de veículos, o que daria para transportar toda a população de uma vez só - e com folga.

Que direção tomar? Para o especialista em trânsito David Duarte, alargar vias e construir viadutos ajuda, mas incentiva o uso do carro - o que piora a situação a longo prazo. “Não existe solução para o trânsito sem um investimento para melhorar substancialmente a qualidade do transporte público. O remédio para isso é investir menos em vias pra carros e investir mais em outras formas de mobilidade”, defende.

A auxiliar de serviços gerais acredita que as eleições podem mudar esse quadro. “A gente tem que saber em quem votar”, diz. “Votar em uma pessoa que não esteja querendo ganhar um cargo, mas queira trazer algo melhor pra sociedade”, aposta o recepcionista Jadson Antônio.

Nesta sexta-feira (24), a série especial sobre as eleições vai falar sobre as carências de opções de lazer e cultura no DF.

No Dia Mundial Sem Carro, ciclistas fazem manifestação por ciclovias

Para lembrar a data, um grupo de ciclistas pedalou do Guará ao Eixo Monumental. Eles aproveitaram a oportunidade para protestar contra o cancelamento da construção da ciclovia prometida.

Para lembrar que hoje é o Dia Mundial Sem Carro, ciclistas dividiram espaço na EPTG, num dos horários de mais movimento. Eles foram pedalando do Guará ao Eixo Monumental. O bicicletaço também foi um protesto contra o cancelamento da construção da ciclovia prometida.

“Eu vou de Águas Claras para o Plano Piloto de bicicleta diariamente. Apesar de ter experiência, acho que uma ciclovia faz falta. É uma via expressa, então, fica difícil dividir o espaço com os carros”, avalia o servidor público Uirá Lourenço.

O engenheiro Rafael Andrade acredita que, além da implantação de ciclovias, é necessário que os motoristas que conscientizem. “Mudando isso, seria mais fácil difundir a bicicleta como meio de transporte das pessoas”, avalia.

Atualmente, o DF tem 160 quilômetros de ciclovias. Até o fim do ano, o Departamento de Estradas de Rodagem deve concluir 300 quilômetros de faixas exclusivas para ciclistas. A ideia é dobrar este número nos próximos anos. O GDF anunciou um investimento de R$ 55 milhões para a construção de ciclovias.

Até lá, fica difícil deixar o carro na garagem e mostrar que a bicicleta pode se tornar uma alternativa de transporte para o dia a dia. Outra saída seria o metrô, que hoje, no Dia Mundial Sem Carro, funcionará de graça, com a catraca livre em todas as estações. Mas os trens só atendem menos da metade da população do DF.

Quem está preocupado com os congestionamentos e com a poluição, reclama também da péssima qualidade do sistema de transporte coletivo.

“Hoje, para se deslocar da Asa Norte até uma faculdade da Asa Sul, de carro, eu gasto 20 minutos. De transporte público, eu demoraria mais de uma hora. Desse jeito não tem como”, sublinha o aposentado Oriva Campos.

Lívia Veiga


Frota de veículos na ruas não diminui no Dia Mundial Sem Carro

Na EPTG, sempre cheia, o trânsito continuou lento. Os carros dividiram as pistas com as bicicletas. Os ciclistas enfrentaram subidas, descidas e um trânsito pesado até o Eixo Monumental. Eles reclamam que a faixa exclusiva para bicicletas não vai ficar pronta em 30 de outubro, junto com a primeira etapa das obras. Eles receberam a promessa do GDF de liberar R$ 55 milhões para a construção de ciclovias em 10 cidades.

“Em questão de tempo, é quase a mesma coisa. Eu gasto no máximo cinco minutos a mais”, relata o funcionário público Pedro Gontijo Menezes. “Quando você se torna um ciclista, você também se torna um motorista mais respeitoso com quem pedala pelas ruas”, opina o agente patrimonial Mauro Batista. “Se não tiver transporte público que respeite o horário, confortável, as pessoas não vão deixar o carro em casa”, avalia o autônomo Renato Zerbinato.

O metrô, outra opção de transporte coletivo, cobre até agora apenas quatro cidades. No Plano Piloto, só a Asa Sul. São 160 mil passageiros diariamente. No Dia Mundial Sem Carro, os trens circulam até às 23 horas com a catraca livre.

Mesmo com a passagem gratuita, o movimento nas estações foi tranquila. Nas ruas, a frota do DF já é de 1,2 milhão de carros. Frente à rotina dos engarrafamentos e a falta de transporte público de qualidade, ciclovias bem sinalizadas e seguras podem fazer a diferença.

“Em Brasília, é perfeitamente possível. Uma cidade relativamente nova, com pistas amplas, dá para fazer tranquilamente, basta ter vontade”, afirma o presidente do Ibram, Gustavo Souto Maior.


Lívia Veiga

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Dia Mundial Sem Carro, no blog do Luis Nassif

O Dia Mundial Sem Carro

Enviado por luisnassif, qua, 22/09/2010 - 10:17

Por Almeida

Hoje é o Dia Mundial Sem Carro, 22 de setembro. É uma iniciativa que vem ganhando a adesão em todos continentes, desde que foi lançada na Europa nos últimos anos do século passado. Postei uma discussão para debate mais permanente sobre essa questão (http://blogln.ning.com/forum/topics/dia-mundial-sem-carro).

Há mais de quarenta anos, pelo menos é que demonstra o vídeo abaixo, somos ludibriados pelos poderes públicos com soluções mirabolantes para mobilidade urbana, através de obras públicas, que rendem apenas comissões que alimentam campanhas políticas e contas em paraísos fiscais. De modo algum o rodoviarismo e o transporte individual são resposta para a mobilidade urbana, assistam o vídeo que testemunha o fracasso dessa promessa.

UnB no dia sem Carro

22 DE SETEMBRO - UnB no DIA SEM CARRO
Local: Auditório da Reitoria
Programação:
9h00 – Abertura pelo Reitor da UnB, Prof. José Geraldo de Sousa Jr.
9h30 – Mesa Redonda: MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NA UnB
- O Plano de Circulação para o Campus Darcy Ribeiro: José Augusto Abreu
Sá Fortes (Professor do Programa de Pós-Graduação em Transportes)
- A institucionalização do Projeto Bicicleta Livre: Yuriê Batista César
(Membro do Projeto Bicicleta Livre)
- A mobilidade no Plano de Obras da UnB: Pedro Murrieta dos Santos Neto
(Decano de Administração)
14h30 – Debate: A MOBILIDADE URBANA COMO DIREITO SOCIAL
- Expositor: Lúcio Gregori (Ex-Secretário Municipal de Transportes de S.
Paulo)
- Debatedores: João Alencar Oliveira Jr. (Ministério das Cidades),
Nazareno S. Afonso (Associação Nacional dos Transportes Públicos), Paulo
Henrique (Paíque) Santarém (Movimento Passe Livre – DF)

Promoção: DAC - Decanato de Assuntos Comunitários

GDF celebra Dia Mundial Sem Carro nesta 4ª feira

Para comemorar o Dia Mundial Sem Carro, dentro da Semana da Mobilidade, ciclistas de todo o Distrito Federal farão uma pedalada na próxima quarta-feira (22) no Eixo Monumental. Representantes das entidades Rodas da Paz e da Sociedade das Bicicletas reuniram-se na noite desta segunda-feira com a vice-governadora Ivelise Longhi para acertar detalhes do evento, que deve reunir cerca de 300 pessoas – entre elas o governador Rogério Rosso e a própria vice-governadora. Na ocasião está prevista a assinatura de medidas para melhorar o sistema cicloviário do DF.


Um grupo de ciclistas deve começar a marcha ainda na EPTG, em direção ao local de concentração da pedalada – marcada para as 9h em frente ao Palácio do Buriti. De lá, os participantes seguirão para o Museu da República. De acordo com o presidente do Rodas da Paz, Ronaldo Martins Alves, o objetivo da comemoração é incentivar motoristas a deixarem seus veículos em casa e a usarem bicicletas ou mesmo o transporte público. “Este é um evento de conscientização da sociedade. Brasília precisa se preparar para o transporte cicloviário”, afirma a vice-governadora.

Durante o encontro, Ivelise ressaltou que o governo pretende iniciar as obras da ciclovia da EPTG assim que resolver pendências burocráticas relativas a desapropriações em áreas ao longo da via. O projeto vem sendo acompanhado pelo Comitê de Acompanhamento, Controle e Monitoramento de Obras Públicas, presidido pela vice-governadora. Atualmente estão em obras ciclovias em Ceilândia, Santa Maria e Recanto das Emas.

Ainda como parte das comemorações da Semana da Mobilidade está marcada para, o domingo (26), uma pedalada de 12,5 quilômetros no Eixo Monumental.

Também participaram do encontro desta segunda o chefe de gabinete do governador Rogério Rosso, Luiz Fernando Silva, o presidente da Novacap, Celso Roberto Machado Pinto, o secretário de Comunicação, Leonardo Teshima, e representantes de órgãos do DF ligados à segurança do evento.


Com informações da Ascom Vice-governadoria

Metrô de graça no dia mundial sem carro

Metrô circula de graça amanhã
Para comemora o Dia Mundial Sem Carro, o metrô vai circular de graça durante todo o dia. Passageiros reclamam do transporte público no DF e enfrentam paradas cheias a qualquer hora.

O metrô vai funcionar em horário normal nesta quarta-feira (22), entre 6h e 23h30, e vai circular gratuitamente o dia todo. Diariamente, cerca de 160 mil pessoas utilizam o metrô, mas a direção não calculou quanto deve crescer o número de passageiros nesta quarta com a gratuidade.

Um grupo de ciclistas vai se reunir às 7h na EPTG, na altura da passarela do Guará. Eles vão em comboio até a “Praça das Bicicletas", que fica ao lado do Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Eles vão seguir pela EPTG, EPIG, depois pelo Eixo Monumental.

A manifestação é organizada pela ONG Rodas da Paz, Sociedade das Bicicletas, União Planetária, Associação dos Usuários de Transporte Público (Autran), Bicicleta Livre - UnB, Ciclismo de Longa Distância, Pedal Noturno - DF, Rebas do Cerrado e S.O.S Clima Terra.

A ideia é mostrar a viabilidade da bicicleta como meio de transporte e buscar a estimular a criação de uma ampla rede de ciclovias e de transporte integrado para o DF. Os ciclistas vão ser acompanhados por batedores da Polícia Militar para evitar acidentes, mas essa disputa pelo espaço em pistas tão movimentadas pode complicar o transito.

Passageiros reclamam da falta de ônibus no DF

Às 15h desta terça-feira 921), as paradas de ônibus no centro de Ceilândia já estão cheias. Marcos Antônio, que mora na região norte da cidade, aguardava há uma hora o ônibus para Águas Claras. Angustiado, avisou ao patrão que estava atrasado. “Ás vezes chego fora do horário e me mandam voltar para casa”, queixou-se.

As duas paradas não são suficientes para o número de passageiros. A solução encontrada por eles é esperar no sol. “Às vezes tem ônibus, mas ele não passa no horário certo. Os passageiros é que sofrem com isso”, relatou a doméstica Maria Abadia Santos.

A espera pelo transporte público fica ainda mais difícil quando o ônibus passa lotado. O motorista precisa pedir licença para usar o retrovisor. Os passageiros reclamam das condições do transporte. Um microônibus quebrou na principal avenida de Ceilândia e alguns passageiros acabaram perdendo a paciência. “A solução é ir a pé ou pegar um transporte pirata”, afirmou uma passageira.

Na Praça do Relógio, no centro de Taguatinga, a situação é a mesma: os passageiros se multiplicam nas paradas.

De acordo com o DFtrans, no meio da tarde, o número de ônibus é menor porque o número de passageiros também é reduzido. Sobre o tempo de espera, o DFtrans afirmou que Ceilândia é uma das cidades com mais linhas e que as condições da frota são fiscalizadas com frequência.

Flávia Marsola / Salvatore Casella
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1620083-10040,00-METRO+CIRCULA+DE+GRACA+AMANHA.html

Desafio mostra alternativas para o transporte na cidade

tirado daqui ó:
http://www.tribunadobrasil.com.br/site/?p=noticias_ver&id=29276

Participantes percorreram 14 km usando diversos meios de locomoção

Marina Cardozo

Quem se atreveria a caminhar do Guará I até a Esplanada dos Ministérios? Os servidores públicos Luizalice Labarreli e Thiago Alves aceitaram a proposta. Os pedestres fizeram parte do 2º Desafio Intermodal de Brasília, realizado ontem de manhã. Além do percurso a pé, outras pessoas percorreram a distância de 14 quilômetros utilizando meios de transporte como bicicleta, carro, motocicleta, ônibus, patins e metrô. A atividade é relativa ao Dia Mundial sem Carro, comemorado amanhã (22).
O objetivo da prova é comparar os meios de transporte, considerando o tempo, custo, poluição e o nível de estresse dos participantes, para promover uma reflexão sobre o sistema de transporte da cidade. Para isso, alguns combinaram meios de locomoção, como bicicleta e metrô ou patins e metrô. Foram utilizados vários tipos de bicicletas, de modelos de corrida a dobráveis.
Para chegar ao Museu Nacional, os competidores puderam escolher o caminho. As alternativas foram pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e pela Estrada Parque Guará (EPGU). Semelhante à edição do ano passado, um motociclista foi o primeiro a concluir o trajeto. O estudante Vinicius Vianna demorou 22 minutos para chegar ao Museu. O caminho escolhido foi a EPGU, passando pelo Eixão Sul. Ele acredita que a velocidade da via, de 80 km, facilitou a vitória, além do tráfego pelos corredores. “Mas não mereço parabéns, afinal, as motos poluem sete vezes mais do que os outros veículos”, destacou. Vinicius opta pelo uso da bicicleta quando percorre curtas distâncias.
Pelo caminho, o motociclista encontrou a má conservação das vias, tráfego intenso e desrespeito dos motoristas de carro. “Fui fechado várias vezes ao longo do caminho. É uma guerra essa disputa por espaço. Se o motociclista não se impõe, acaba sofrendo um acidente”, afirmou.

Bicicletas
Os ciclistas chegaram em segundo lugar, à frente dos carros, ônibus e pedestres. O professor Daniel Mafra optou pela combinação da bicicleta dobrável e o metrô. Ele pedalou por cinco minutos da QI 7 do Guará até a Estação Feira. A surpresa foi poder embarcar em um trem mais vazio. Daniel desceu na Estação Central e pedalou da Rodoviária ao Museu. “Não tive dificuldade alguma. Eu recomendo essa alternativa porque a pessoa pode andar um trecho de ônibus ou até táxi”, sugere. O participante reclama do desrespeito ao ciclista. Considera andar de bicicleta em Brasília uma atividade perigosa. “São muitas reformas nas pistas, e isso contribui para o estresse dos motoristas e o comportamento agressivo. O respeito deixa a desejar”, acrescentou.
Uirá Lourenço conduziu a família em uma bicicleta. Ele conta que não possui carro por acreditar que a bicicleta é uma opção mais saudável e sustentável. O servidor público incentiva os dois filhos pequenos a pedalar, e protesta contra a falta de infra-estrutura que permita ao ciclista circular com mais segurança. “Brasília foi construída para se andar de carro. Mesmo em trajetos curtíssimos, as pessoas preferem usar os automóveis. Não existe um incentivo do governo para uma mudança de atitude”, reclamou.

Pedestres
Como já era esperado, os pedestres foram os últimos a cumprir o desafio. Luizalice Labarrère e Thiago Alves driblaram o tempo seco e seguiram a pé pela EPTG, em meio às obras de ampliação. Ao longo do trajeto, faltaram calçadas e respeito aos pedestres. A dupla demorou 2 horas e 39 minutos para chegar ao Museu. “Brasília está sufocada pela quantidade de carros e precisa de alternativas sustentáveis. Qualquer esforço que possamos fazer para alertar a população é bem vindo”, disse Luizalice.

Transporte Público
As constantes reclamações acerca do transporte público da cidade foram comprovadas por Bruno Aragão durante o desafio intermodal. Ele utilizou o ônibus coletivo para chegar ao Museu. Embora o tempo de espera tenha sido curto, apenas cinco minutos, não faltaram problemas na viagem: ônibus cheio, em mau estado de conservação e muita poluição. “O ônibus era muito velho e desconfortável. Não me senti seguro”, revelou. Bruno levou 38 minutos para concluir o percurso. Ele atribuiu o tempo à sorte de conseguir pegar o ônibus com rapidez. No ano passado, ele demorou uma hora a mais, em decorrência da espera pelo coletivo. O participante considerou como ponto positivo em utilizar os ônibus a tranquilidade de não dirigir.
A Organização Não-Governamental Rodas da Paz também contribuiu com o evento. A vice-presidente Beth Davison usou o metrô como meio de transporte. Em 2006, Beth perdeu o filho, vítima de acidente trânsito. Pedro Davison andava de bicicleta no Eixão quando foi atropelado por um carro. A tragédia a motivou a engajar-se com ações em prol da segurança no trânsito e o respeito ao ciclista. “Só ando de bicicleta perto de casa. Tenho medo de pedalar em Brasília”, afirmou.

Infraestrutura
A participação do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram) foi reforçada com a presença do presidente, Gustavo Souto Maior. Ele usou a bicicleta como meio de transporte e ressaltou que as alternativas sustentáveis melhoram o tráfego e contribuem com a saúde da população. “Não ando de bicicleta para trabalhar porque o motorista é muito hostil com o ciclista. Achei o percurso perigoso, principalmente por causa do comportamento dos motoristas de ônibus”, comentou. Souto observou que a falta de sinalização e de ciclovias deixam os ciclistas mais vulneráveis a acidentes.
O presidente do Ibram destacou, ainda, que as obras que visam apenas a infra-estrutura viária, como o alargamento de vias e construção de viadutos, facilitam o uso dos automóveis e desestimulam o uso da bicicleta ou do transporte público. A facilidade na aquisição de carros também o preocupa. “Brasília está na contra-mão do planeta ao incentivar o uso do carro”, disse.
Ao contrário da maioria, Danilson Ramos participou do desafio de automóvel. Após o percurso de 38 minutos, ele apontou o conforto como vantagem e o tráfego intenso como dificuldade deste meio de locomoção. “Levei umas fechadas de outros motoristas. Isso mostra que não é uma exclusividade dos motoqueiros”, informou. Danilson conta que anda de bicicleta quando é possível. Mas no dia a dia precisa do carro para carregar materiais do trabalho e da faculdade.
Wallace Paschoal representou as pessoas com deficiência. Ele e Anderson Polissene pedalaram em uma bicicleta dupla, que exige equilíbrio e coordenação dos movimentos entre a dupla. “Pode ser perigoso, mas se pensasse assim nem sairia de casa”, acredita. Wallace tem 52 anos e é cego há quatro. A bicicleta é conduzida por Anderson, enquanto o parceiro pedala sentado no banco traseiro. Segundo Wallace, falta respeito por parte da população com as pessoas com deficiência nos meios de transporte coletivo.

Dia sem carro
A proposta do Dia Mundial sem Carro é sensibilizar a população para o uso de meios alternativos de transporte. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em abril deste ano a frota de veículos no Brasil ultrapassou 35 milhões de automóveis. O Desafio Intermodal fez parte da Semana da Mobilidade, que realizará ainda uma exposição na Câmara dos Deputados, uma mesa redonda na Controladoria Geral da União (amanhã, às 14h30) e um passeio ciclístico promovido pela ONG Rodas da Paz.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia Mundial Sem Carro!!!

Amanhã, 22 de setembro, é o Dia Mundial sem Carro.

Um dia bacana para repensarmos o trânsito e a organização social das nossas cidades. A mobilização nesse dia pode ser um exercício interessante de reflexão sobre a dependência e o uso muitas vezes irracional dos automóveis em nossa sociedade. A idéia principal é fazer com que as pessoas pensem um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a possibilidade de diminuírem o uso do carro, ou mesmo, se possível, em substituir o automóvel por outro meio de transporte.

Entre acontecimentos mais e menos institucionais durante a semana, a Bicicletada Brasília orgulhosamente apresenta dois eventos de Ação Direta Bicicleteira:



- Pedalaço na EPTG.
Vamos descer a EPTG rumo à Esplanada para mostrar a viabilidade da bicicleta como meio de transporte, a intenção é fazer um protesto silencioso para cobrar a construção da ciclovia. A via terá ainda mais espaço para os carros, graças à mega-ampliação, e será entregue sem a ciclovia prometida.O Pedalaço vai ser no dia 22 de setembro, às 7 horas da manhã. O ponto de encontro é na passarela do Guará. Mais informações em: http://www.pedalacodf.blogspot.com/



- Bicicletada do Dia Mundial Sem Carro. Vamos tomar as ruas com alegria bicicleteira com mais uma festa da Massa Crítica. Pessoas das mais diferentes que se encontram pra pedalar, festejar na rua, reivindicar o espaço, questionar as organizações das cidades, pensar outras formas de se locomover, trocar sorrisos, ideias e retomar um pouco suas vidas. É o que chamamos de Bicicletada, ou Massa Crítica. A Bicicletada vai ser na sexta-feira, 24, 18h. O ponto de Encontro é na Praça das Bicicletas, também conhecido como cimentão do Museu Nacional.

O que é a Bicicletada?
A Bicicletada é um movimento que existe no Brasil desde 2002, inspirado pelos encontros de Massa Crítica que acontecem em mais de 200 cidades ao redor do planeta. Geralmente na última sexta-feira de cada mês, usuários de veículos não-motorizados se encontram para celebrar o transporte inteligente, reivindicar seu espaço nas ruas e o direito de andar com tranquilidade pelas cidades.

A Bicicletada nada mais é do que um espaço de visibilidade, encontro e festa; uma iniciativa horizontal, sem líderes e aberta a todos os
cidadãos. A cada mês, no meio das buzinas e da fumaça, esta celebração permite para troca de idéias, a articulação de projetos e a ação direta em busca de uma cidade melhor, onde todos tenham direito de ir e vir com tranqüilidade.

Saiba mais sobre o dia Mundial sem carro:
O Dia Mundial sem Carro (em inglês, CarFree Day) foi comemorado pela primeira vez em 1998, em 35 cidades francesas. No Brasil, o evento ocorreu pela primeira vez em 2001 e, desde então, vem crescendo o número de adesões de municípios. A expectativa para 2010 é que a data seja comemorada em mais de 100 cidades brasileiras, tais como Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Natal, Salvador e Belém.

As prefeituras das cidades normalmente apóiam, fechando algumas ruas para o trânsito de automóveis, principalmente no centro das cidades. Já é tradicional um dia mundial sem carro repleto de atividades nas cidades que o adotam, como passeios ciclísticos, caminhadas, gincanas para crianças e distribuição de panfletos.

Confira a agenda da semana da mobilidade:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/20/cidades,i=213819/DIA+MUNDIAL+SEM+CARRO+SERA+COMEMORADO+DURANTE+UMA+SEMANA+NO+DF.shtml

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Bicicleta para executivos



Na tentativa de diminuir o uso de carros em áreas de escritórios, o designer argentino Marcos Madia desenvolveu uma bicicleta exclusiva para levá-lo para o trabalho. Batizado de “Bikoff”, a bicicleta inovadora é feito de fibra de carbono, que reduz o peso e maximiza a resistência mecânica. Mas o mais legal é a pasta acoplada ao quadro, que serve para armazenar seus documentos de trabalho.

A maleta é essencial para a bicicleta, porque ela completa a estrutura do quadro. Sem a maleta acoplada, o quadro pode ser dobrado para melhor armazenamento dentro do próprio escritório.

Projetada para convencer executivos e trabalhadores de escritórios a abandonarem seus carros, a “Birkoff” é um dos projetos pré-selecionados do concurso de design do Seoul Cycle Design Competition 2010.



tirado daqui ó: http://www.euvoudebike.com/2010/09/bicicleta-para-executivos/

Moto vence Desafio Intermodal, à frente de bicicletas e carros em SP

São Paulo - Um motociclista foi o mais rápido na 5ª edição do Desafio Intermodal realizado no início da noite desta quinta-feira (16).
Concorrendo com outras 24 formas de transporte, o motoboy Fabio Alves completou o percuso de 12 km, em 20 minutos e 20 segundos. Alves deixou para trás ciclistas, pessoas de carro, táxi, skate e usuários de transporte coletivo.
Apesar de estar previsto, o helicóptero não pode decolar devido ao mau tempo em São Paulo.

O designer Wagner de Carvalho ficou em segundo lugar pedalando uma bicicleta fixa, com freios nos pedais. Ele terminou a prova 36 segundos depois do primeiro colocado. Uma bicicleta convencional ficou em terceiro lugar.

O motorista de carro que participou da disputa demorou 61 minutos para concluir o trajeto e o pedestre caminhando, 89 minutos. Em 2009, um ciclista venceu o desafio.
A saída aconteceu às 18h15 da praça General Gentil Falcão, na avenina Engenheiro Luís Carlos Berrini, e o percurso terminou na prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, no centro da capital paulista.
Nesta quinta-feira (16), o Movimento Nossa São Paulo divulgou pesquisa sobre mobilidade na capital paulista. O levantamento demonstra que em média um paulistano perde 30 dias por ano no trânsito.
Conheça o desempenho de cada modal no site da CicloBR

Futuro das cidades é restringir automóveis, apontam especialistas

A disputa diária entre carros, motos, pedestres, ônibus e bicicletas ganhou ares de competição pedagógica em São Paulo (SP), durante um desafio que reuniu diversos tipos de transportes. Helicóptero, ônibus, trem, metrô, bicicleta, carro, um cadeirante utilizando transporte público, uma pessoa correndo e outra andando a pé participaram do "Desafio Modal", que ao final provou o que muita gente desconfiava: as biciletas são mais rápidas que os automóveis no trânsito caótico das grandes cidades.


Na briga por tempo e espaço, a bicicleta se saiu melhor em 2008 e 2009, seguida pela moto. Em 4º lugar ficou o helicóptero. O homem que fez o percurso correndo, chegou antes do carro e o pedestre chegou 10 minutos depois da pessoa motorizada. Todos partiram do mesmo local e de formas variadas e chegaram ao mesmo ponto final.
“As bicicletas não são apenas uma alternativa. São realmente uma saída para o problema das grandes cidades”, afirmou Cláudio Silva, técnico da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades.
Apesar do apelo ambiental e dos benefícios à saúde, as bicicletas andam em último plano no planejamento das cidades. Prova disso e da dificuldade de os gestores públicos buscarem alternativas ao mundo motorizado, foi a baixa adesão das cidades brasileiras ao Dia Mundial Sem Carro, realizado no dia 22 de setembro em 40 países.
Às vésperas do Dia Mundial Sem Carro, o Desafio Modal, realizado em 17 de setembro, foi a maneira encontrada por ativistas da bicicleta para demonstrar que há várias formas de transporte e, principalmente, há alternativas ao carro.
Segundo, Nazareno Afonso, coordenador da Associação Nacional dos Transportes Públicos e diretor da ONG Rua Viva, responsável pelas atividades do Dia Nacional Sem Carro no Brasil, a falta de participação das cidades em parte é explicada pela mídia intensa das indústrias automobilísticas e pelo receio dos políticos brasileiros em falar sobre qualquer restrição a automóveis. “As pessoas tem receio de fechar uma rua. Fecha-se em situações festivas. Mas fechar com o tema da cidade sem carro é o problema”, esclarece.
“Na cabeça dos políticos, o automóvel é um item que não se pode mexer porque tira votos”, aponta Afonso.

Mobilidade sustentável

Para o especialista em mobilidade urbana, o privilégio do automóvel está com os dias contados, por uma questão básica de espaço e mobilidade. “Quando se fala de um grande congestionamento em São Paulo, significa que 50% dos proprietários de carros estão nas ruas. Imagine quando sair todo mundo no mesmo horário. A cidade para”.
A cultura do automóvel, segundo ele, vai além da necessidade de deslocamento. “É um modo de vida, uma expressão do ser humano. Na mente das pessoas, o carro demonstra quem ele ou ela é. Representa mais do que a própria casa”, constata.
De acordo com Afonso, o ideal para as cidades é uma equação não muito simples, mas necessária: menos carro e mais transporte coletivo, integrado com ciclovias.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, ele adverte que mobilidade sustentável só se atinge com investimentos em um sistema de transporte público de alta capacidade, com corredores de ônibus, de uma ou duas faixas exclusivas, com linhas diretas e “paradoras”; metrô e veículos leves sobre trilhos, que Afonso chama de bonde moderno, muito comum na França.
“Para fechar o que chamamos de sistema estrutural dentro de um conceito de mobilidade sustentável, deve-se construir terminais para integração de todos esses serviços”, complementa o especialista.
Redes cicloviárias também devem estar integradas ao sistema estrutural, com paraciclos, ciclofaixas e ciclovias. Afonso aposta, inclusive, na substituição dos estacionamentos em vias públicas por ciclovias. “Você transfere o local destinado ao estacionamento de carros para os ciclistas. As cidades estão descobrindo cada vez mais a importância das bicicletas como forma de transporte”.
Para ele, a mobilidade sustentável implica em restrição aos carros, com estacionamentos em locais específicos e criação de pedágio urbano.

Vantagens da magrela

Simples ou sofisticadas, mas sem dúvida, úteis e ágeis, a utilização de bicicletas, as famosas magrelas, é desejável por muitos motivos enumera Afonso: “É um instrumento de combate à obesidade, garante um futuro saudável, não polui e ainda se desloca muito mais rápido que outros modais”.

Segundo o Ministério das Cidades, o Brasil tem 2.505 km de estrutura cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e espaços compartilhados, como calçadas regulamentadas. A cidade do Rio tem a maior estrutura para bicicletas, com 160 km, seguida por Curitiba (PR) com 140 km. De acordo com Afonso, cidades como Sorocaba (SP), Blumenau (SC), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS) descobriram a importância do transporte por bicicletas e estão investindo em ciclovias.
Afonso destaca que é preciso construir redes cicloviárias regionais e locais que se conectem para dar facilidade e desenvoltura aos usuários. “Já está provado que a bicicleta tem uma autonomia de 12 km, mas há casos de trabalhadores que fazem 40 km por dia, por necessidade de locomoção e falta de recursos para outro tipo de transporte”, admite.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de bicicletas e o 5º maior consumidor delas. Em 2008, foram vendidas 6 milhões de unidades e até 2005, rodavam em território brasileiro mais de 60 milhões de magrelas.
Já o número de carros operando pelas cidades é incomparavelmente maior. Balanço do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) revela que, só no estado, o número de carros aumentou em 1,2 milhão de unidades nos últimos 12 meses. Enquanto a capital paulista tem 6,5 milhões de carros registrados para trafegar em 16 mil km de vias, as bicicletas têm apenas 42 km de ciclovias, cita o vereador Chico Macena (PT-SP), da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal.
Em São Paulo, a prometida ciclovia na Radial Leste, um dos principais pontos de congestionamento da capital, foi construída em parte, mas não tem sinalização e atualmente está tomada por lixo, denuncia Macena.
O pior, afirma o parlamentar, é que a pesquisa origem/destino realizada a cada dez anos pelo Metrô de São Paulo registrou um aumento de 87% na utilização de bicicletas como meio de locomoção. Em 2007, calcula-se que houve 300 mil viagens diárias com esse tipo de transporte. De acordo com o estudo, 71% das locomoções com bicicleta nos dias úteis ocorreram por causa de trabalho, 12% em razão de compromissos com educação e 4% com atividades de lazer.
Defensor do uso de bicicletas para deslocamentos até 4 km, o vereador critica a política de mobilidade urbana do prefeito Gilberto Kassab (DEM). “A prefeitura vive de uma imagem de preocupação com o meio ambiente quando na verdade suas ações acontecem em sentido contrário”.
O vereador relata que as ciclovias de São Paulo, além de serem em número reduzido também são desconectadas e não oferecem nenhuma segurança a seus usuários. Macena aponta a criação de ciclovias como uma das saídas para o entrave que se transformou o trânsito nas grandes cidades. “Mágica não existe. A saída passa por três pontos: investir em transporte coletivo de qualidade, como o Metrô e corredores de ônibus; um sistema cicloviário e a descentralização da oferta de serviços na cidade”.

Projeto brasileiro

Para o Ministério das Cidades, a inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos é um importante elemento para a construção de cidades sustentáveis, além de ser uma “forma de inclusão social, de redução e eliminação de agentes poluentes e melhoria da saúde da população”.
Para incentivar a inclusão da bicicleta nos sistemas de transportes, o governo federal investiu no período de 2005 a 2009, R$ 12 milhões em ações de Apoio a Projetos de Circulação Não Motorizada e R$ 4,4 milhões na integração de ciclovias a Rede de Transporte Público, num total de 57 projetos.
“A bicicleta é fundamental. Com ela, você pode acessar um metrô, um terminal de ônibus e não necessariamente vir de carro. Vamos cuidar mais do meio ambiente, diminuindo a emissão de poluentes”, disse Marcio Fortes, ministro das Cidades, durante atividades do Dia Mundial Sem Carro, em Brasília, quando prometeu mais investimentos na construção de ciclovias e bicicletários em todo o país.