quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

COLAPSO

Trânsito do DF caminha rumo a um colapso e é desafio para o próximo governo

Congestionamentos, acidentes e baixo número de fiscais são alguns dos problemas que aumentam à medida que a frota se multiplica no DF. Se o atual ritmo de crescimento continuar, em 2017, a capital contará com nada menos que 2 milhões de veículos

Helena Mader

Publicação: 08/12/2010 07:26 Atualização:

Atualmente, estão registrados na capital do país 1,22 milhão de veículos: engarrafamentos cada vez mais comuns  (Monique Renne/CB/D.A Press )
Atualmente, estão registrados na capital do país 1,22 milhão de veículos: engarrafamentos cada vez mais comuns
Todos os meses, 5 mil brasilienses são habilitados para conduzir nas ruas da cidade e 10 mil novos carros entram em circulação. Esse número crescente de motoristas e veículos pode ser notado com facilidade: as vias do Distrito Federal estão cada vez mais congestionadas. Com a ampliação da frota, os acidentes fatais também se multiplicam. Mesmo com a lei seca e as blitzes frequentes, a quantidade de vítimas do trânsito voltou a crescer em 2010, depois de um longo período de queda. De janeiro a outubro deste ano, 364 brasilienses perderam a vida em colisões e atropelamentos. Para especialistas, é preciso investir maciçamente em educação e fiscalização para acabar com a violência no trânsito. Soma-se a isso a necessidade de investimentos em obras viárias e em transporte público para evitar que o tráfego da capital federal pare.

Em 2008, a frota de Brasília chegou a um milhão de carros. De lá para cá, mais de 222 mil veículos foram emplacados pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran). Se o ritmo de crescimento anual continuar equivalente ao registrado na última década — 7,5% ao ano em média — em 2017, a frota da capital federal vai chegar a 2 milhões de carros. Sem soluções efetivas para o problema, o trânsito vai parar muito antes disso. Somente uma melhoria efetiva dos transportes públicos, que convença os motoristas brasilienses a deixar seus carros em casa, vai melhorar a fluidez nas ruas do DF.

O crescente número de veículos aumenta também a dificuldade de fiscalizar as pistas brasilienses. Para controlar a frota atual e diminuir o risco de acidentes, seriam necessários 1,2 mil agentes — um para cada mil carros. Mas hoje, somando o efetivo do Detran, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), são apenas 800 agentes em atuação na vias da capital federal. É preciso incrementar em quase 50% o total de fiscais nas ruas para atender a demanda.

O diretor de Segurança do Detran, Silvaim Fonseca, defende mais autonomia como solução para os problemas. “Os órgãos de trânsito precisam ter mais autonomia administrativa e financeira para tocar os projetos e contratar um efetivo compatível com as necessidades de fiscalização e de realização de campanhas.”

Silvaim Fonseca lembra que os investimentos em segurança de tráfego representam também um ganho para a saúde pública. Os pacientes acidentados normalmente são mais graves e passam mais tempo internados nos hospitais. “Fizemos um levantamento que mostrou que cerca de 50% dos leitos são ocupados por pessoas que sofreram acidentes de trânsito. De acordo com o Ipea, um paciente pode custar mais de R$ 180 mil, tirando os gastos com reabilitação”, justifica o diretor
Raí mora em Valparaíso: uma hora dirigindo até chegar ao trabalho, na L2 Sul (Monique Renne/CB/D.A Press)
Raí mora em Valparaíso: uma hora dirigindo até chegar ao trabalho, na L2 Sul
de Segurança do Detran. “Além disso, nossas operações contribuem para a segurança pública, já que, durante as blitzes, identificamos foragidos, carros clonados e outros problemas”, finaliza.

Educação
Para a especialista em engenharia de tráfego e segurança de trânsito Eva Vider, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é preciso melhorar os transportes públicos, a engenharia das vias, a sinalização e a fiscalização. “O futuro governo tem como grande desafio reduzir os acidentes. Para isso, é preciso atuar firmemente na implantação de programas e na liberação de recursos destinados a programas de segurança no trânsito”, diz. “O número de carros e de motoristas cresce muito e é necessário preparar os futuros condutores. O trabalho de fiscalização deve ser aliado à educação, para que haja conscientização efetiva.”

A operadora de telemarketing Ângela Vieira, 23 anos, mora no Núcleo Bandeirante e trabalha na Asa Norte. Ela leva cerca de meia hora para fazer o trajeto entre sua casa e o escritório. Para tentar reduzir o tempo do percurso, Ângela está sempre em busca de alternativas. “Às vezes, saio um pouco mais cedo, ou um pouco mais tarde, para tentar escapar. Mas já desisti, sempre pego engarrafamento”, lamenta. Apesar dos transtornos, ela não cogita deixar o carro em casa, pois diz que, se fosse de ônibus, o trajeto seria mais demorado.

Para o representante de vendas Raí Lopes Araújo, 27 anos, o tempo gasto com deslocamento é bem maior. Ele leva cerca de uma hora entre Valparaíso, na divisa do DF com Goiás, e a L2 Sul. “O trânsito fica mais complicado na entrada do DF, perto de Santa Maria. Daí em diante, se não tiver acidente, o tráfego até que flui, dependendo do horário”, conta.

Código de trânsito – direitos dos ciclistas (versão resumida)

Segue uma breve compilação de artigos do código de trânsito que dispõem sobre os ciclistas. Seria um resumo dos direitos dos usuários de bicicleta.

Pedalo no dia a dia e resolvi ter algo em mãos com o qual eu possa orientar os motoristas. Sempre ando com o código de trânsito (uma versão em miniatura), mas achei que seria melhor ter algo mais condensado, com os dispositivos mais pertinentes.

Creio que tenha ficado de fácil visualização. Dá para imprimir em uma folha só de papel, em frente e verso.

Assim, quando houver um conflito nessas vias insanas do DF (ex.: o sujeito insiste em acelerar e não dar preferência numa conversão), pretendo dialogar com o motorista e ensinar um pouco do código de trânsito, de cidadania.

É isso. Abraço,
Uirá

Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal n° 9.503/97)
• Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;

• Art. 29, § 2º. Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

• Art. 38. § único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.

• Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

• Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos:
Infração - média;
Penalidade - multa.

Artigo 181. Estacionar o veículo:
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

Artigo 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

Artigo 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes).

Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração - média;
Penalidade - multa.

Artigo 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado:
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo;
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito:
XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração - grave;
Penalidade - multa;

Transportes na UnB

II Semana Temática em Transportes do PPGT-2010

A II Semana Temática em Transportes do Programa de Pós-Graduação em Transportes (PPGT) da Universidade de Brasília (UnB), evento organizado pelos alunos da pós-graduação do PPGT, ocorrera nos dia 7, 8 e 9 de dezembro de 2010, no Auditório da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (FT/UnB). O evento visa promover e incentivar um espaço de debate e o exercício da discussão e reflexão acerca das pesquisas e dos trabalhos acadêmicos do PPGT. Além disso, procurará atender à demanda de discussões, divulgação de pesquisas, e proporcionar um momento de reflexão sobre estudos na área de transportes.

http://www.transportes.unb.br/?p=semana_tematica&id=3

Há na programação de amanhã, 8/12, temática sobre transporte sustentável e bicicletas:

http://www.transportes.unb.br/admin/fckeditor/editorfile/II%20SEMANA_PPGT_2010--pag2a.jpg

Notícia sobre Eixão do Lazer – “disciplinar o tráfego na via”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2010/12/07/interna_cidadesdf,226646/eixao-do-lazer-passa-por-mudancas-e-nao-fecha-mais-em-feriados-locais.shtml

Eixão do Lazer passa por mudanças e não fecha mais em feriados locais

Publicação: 07/12/2010 20:20 Atualização: 07/12/2010 20:32

A partir desta quarta-feira (8/12) haverá mudanças no funcionamento do Eixão do Lazer. Agora, além dos domingos, o Eixão só ficará fechado para os veículos nos feriados nacionais. Além disso, veículos pesados ficam proibidos de circular. O objetivo, segundo o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), Genésio Tolentino, é ajustar e disciplinar o tráfego na via.

Os horários continuam os mesmos, das 6h às 18h, para evitar transtornos no trânsito. A decisão foi tomada após a confusão causada no dia 30 de novembro, quando o Eixão foi fechado em um feriado local. Os motoristas enfrentaram grandes engarrafamentos, pois nem todos os trabalhadores aderiram ao dia de folga.

A outra intervenção será quanto à circulação de veículos pesados na via. Com exceção dos ônibus de transporte coletivo que fazem linha expressa (sem paradas) ou aqueles veículos que forem devidamente autorizados pelo DER/DF, os veículos pesados ficam proibidos de trafegar pelo Eixo Rodoviário Sul/Norte, em todos os dias da semana.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Texto sobre bicicletas na prova do Min do Turismo.

83 mil candidatos tiveram que ler. O Texto é do Denis Russo (com adaptações).
O link vai mais adiante e na prova estava mais ou menos assim:

Bicicleta é meu meio de transporte preferencial desde os 13, 14 anos de idade. Eu ia pedalando para a escola, para a faculdade. Sejamos honestos: não comecei a pedalar por consciência ambiental. Nem existiam essas coisas, acho (eu, assim como todo mundo que eu conhecia, jogava lixo no chão sem nenhuma cerimônia). Comecei a pedalar porque era mais divertido. Mas o fato é que comecei, e não larguei nunca mais.

Mais de vinte anos pedalando em São Paulo fizeram de mim um ciclista agressivo. Aprendi a enfiar a bicicleta nas brechinhas entre os carros, a olhar os motoristas desafiadoramente, a espatifar eventuais retrovisores, a levantar o dedo médio com alguma frequência.

Trânsito é formado por mim, por você, pelos nossos carros, nossas bicicletas. Cabe a nós melhorá-lo. E o melhor jeito de melhorar as coisas é conversando. Sem deixar passar quando vê algo errado. Sem deixar a raiva esgotar a razão.

Fui experimentar a ciclofaixa que a prefeitura de São Paulo inaugurou aos domingos de manhã, perto do Ibirapuera. Dia de sol, muita gente, clima de festa, pais ensinando filhinhos a pedalar. Dava para ver que tinha muita gente lá que nunca tinha pedalado em São Paulo.

Mas essa história de confinar as bicicletas aos domingos das 7 ao meio-dia é mais para controlar os ciclistas do que para dar espaço a eles. Parece que a iniciativa foi mais para tirar bicicletas da frente dos carros do que para estimular gente a pedalar.

O mais triste é que essa iniciativa vai na contramão de estimular a convivência entre carros e bikes. Separados por uma fileira de cones, ciclistas e motoristas nem se olhavam na cara.

Uma cidade pode convidar as bicicletas para ajudar a melhorar o trânsito. Um bom jeito de abordar o tema é dando uma olhada em exemplos internacionais.

Vejamos por exemplo San Francisco, nos Estados Unidos. As ciclovias (ruas apenas para bicicleta, onde carros não entram) e as ciclofaixas (faixas demarcadas no chão, exclusivas para ciclistas) não são muitas. Mas nem só de ciclovias e ciclofaixas se faz um paraíso ciclístico; em ruas largas carros e bicicletas compartilham o mesmo espaço. Não há lá separação física entre carros e bicicletas, apenas uma sinalização ostensiva para que os motoristas saibam que aquele lugar é também para se pedalar. As linhas azuis pontilhadas são ruas estreitas compartilhadas entre carros e bicicletas. Motorista que entra lá sabe que, se houver uma bike na frente dele, ele tem que manter distância e não pode ultrapassá-la. Dá para uma pessoa sair de qualquer lugar da cidade e chegar em qualquer outro lugar. É isso que eu chamo de infraestrutura ciclística. É isso que as grandes cidades brasileiras poderiam começar a construir – inaugurando algumas raras ciclofaixas em ruas movimentadas, mas principalmente sinalizando o compartilhamento em ruas tranquilas, sem trânsito.

Em Paris, onde não há ciclovias ou ciclofaixas, a faixa de ônibus é compartilhada com as bicicletas. E os ônibus respeitam. Mantêm distância das bicicletas e não ultrapassam, mesmo que seja um velhinho pedalando devagar com uma baguete debaixo do braço.

Em Bogotá, a infraestrutura é bem menor que a de Paris, ou mesmo a de Nova York. Mas há também um grid quadriculadinho que chega em toda parte da cidade.

E as vias são só um pedacinho da história, tem muito mais a fazer: bicicletários nas calçadas em vias movimentadas, vagões de metrô adaptados para bikes (um por trem), racks de bicicleta nos ônibus e, fundamental, uma imensa campanha de conscientização, de educação para o trânsito. Bom marketing é mais que investir em imagem – é efetivamente melhorar a vida das pessoas. Isso gera uma gratidão que não tem preço. E o turismo também sai ganhando com isso: trânsito mais humano, maior hospitalidade.


Vale ler o original:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mercado Público de Porto Alegre desencoraja o uso da bicicleta como transporte

da Massa Crítica de POA

Mercado Público de Porto Alegre desencoraja o uso da bicicleta como transporte

Crédito: Gilberto Simon

Na última quinta-feira, dia 25 de novembro, fomos como de costume fazer compras no Mercado Público de Porto Alegre em nossas bicicletas. Porém, como havia uma feira no largo Glênio Peres, não pudemos acorrentar nossas bicis nos postes da área e decidimos, na falta de local mais adequado, prendê-las nos portões do Mercado.

Fizemos nossas compras tranqüilamente e quando retornamos para pegar nossas bicicletas veio a surpresa: além da nossa corrente, havia outra corrente prendendo-as ao portão. No final das contas descobrimos que o cadeado era da equipe de segurança do Mercado e que eles possuem a ordem de acorrentar as bicicletas para desencorajar a prática. Indignados, mandamos um e-mail para a coordenação do Mercado Público, com cópias para vários e-mails da SMIC (Secretaria Municipal de Indústria e Comércio) e recebemos a seguinte resposta, no qual a responsável nos diz para deixar nossas bicicletas para momentos de lazer ao ar livre e não para utilizá-la como transporte para ir até o Mercado Público:

Em 29 de novembro de 2010 15:47,

Boa tarde.

Entendemos sua indignação mas, em uma cidade como Porto Alegre, onde não é habitual usar bicicletas como meio de transporte, uma situação como o ocorrido não é de surpreender.
Não estamos preparados para receber ciclistas e nem há previsão de bicicletário no Mercado Público. Não existem avisos por ser considerar-se óbvio que, em local público, não seja esperada a visitação acompanhada por bicicletas ou animais domésticos não havendo, portanto, um local que seja adequado ou seguro para deixá-los.
A orientação de prender ou apreender bicicletas é utilizada para desencorajar e advertir a prática, pois não podemos ser responsáveis por possíveis danos ou mesmo roubo que possam ocorrer.
A partir de seu contato, pensaremos em soluções adiantando que tais projetos precisam de um prazo razoável de avaliação.
Pedimos que considere as medidas tomadas não como grosseria, mas como um meio de proteger seu patrimônio pessoal.
Não deixe de vir ao Mercado para prestigiar Eventos, fazer compras ou passear. Deixe sua bicicleta para aproveitar momentos de lazer ao ar livre. Já conseguimos progressos em construir ciclovias. Como vê, estamos “chegando lá”.
Esperamos sua compreensão.
Att
Coordenação de Próprios / SMIC

Alô, Prefeitura! Alô, Mercado Público! Ninguém quer que vocês se responsabilizem por possíveis danos a nossas bicicletas, só queremos um local apropriado para deixá-las enquanto fazemos nossas compras.

“Deixar nossas bicicletas para momentos de lazer ao ar livre”? É essa a visão da Prefeitura Municipal de Porto Alegre?

Se por acaso, alguém que vier a ler esse post, e também ficar indignado com isso, por favor, clique aqui para mandar um e-mail manifestando a sua opinião para nossos, assim chamados, “dirigentes”.

Ciclofaixas para dignidade - Entrevista Enrique Penalosa



Entrevista com ex-prefeito de Bogotá/Colômbia sobre a humanização das cidades e prioridade aos ciclistas e pedestres, concedida durante a visita do mesmo à Ciclofaixa de São Paulo em Dez/09. Reportagem de Renata Falzoni para a ESPN, disponível, juntamente com o artigo escrito, em http://espnbrasil.terra.com.br/renata... Visite http://www.viaciclo.org.br.

XI Conferência das Cidades - o Futuro das Cidades no Novo Contexto Socioambiental

XI Conferência das Cidades - o Futuro das Cidades no Novo Contexto Socioambiental

Desde 27 de setembro (segunda-feira), estão abertas as inscrições para a XI Conferência das Cidades, que ocorrerá nos dias 7 e 8 de dezembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O objetivo maior desta edição é conhecer os problemas experimentados pelas cidades e propor soluções práticas - tanto no escopo normativo quanto na ação das autoridades locais - para uma convivência mais harmônica e inclusiva no espaço urbano.

Foram convidados a compor as mesas temáticas do evento vários estudiosos e especialistas respeitados. Os debates serão enriquecidos com a participação de um público altamente qualificado, formador de opinião, capaz de interferir na elaboração e na condução das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento urbano.

Participe da XI Conferência das Cidades. Uma oportunidade de refletir profundamente acerca do futuro das cidades, com foco nas gerações futuras.

http://www2.camara.gov.br/participe/eventos/xi-conferencia-das-cidades/apresentacao

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Feirões oferecem carro com entrada de R$ 1

Feirões oferecem carro com entrada de R$ 1

do Blog de Ecologia Urbana de ecourbana

Montadoras e revendas já atingiram nesta semana a marca de 3 milhões de veículos vendidos e antecipam feirões por causa do fim de ano

Cleide Silva, O Estado de S. Paulo, 19 de novembro de 2010

SÃO PAULO – Montadoras e concessionárias anteciparam para este fim de semana grandes feirões para desova de estoques, cientes de que dezembro é um mês com menos dias úteis por causa das festas de Natal e Ano Novo. Como apelo de vendas, oferecem carros novos com entrada de R$ 1 e saldo em 60 meses, pagamento da primeira parcela depois do carnaval, juro zero para financiamento e sorteio de carro de luxo.

A indústria automobilística pretende comercializar neste mês e no próximo no mínimo 600 mil veículos para encerrar o ano com volume recorde de vendas de 3,4 milhões de unidades. Na sexta-feira, o total acumulado no ano já passava dos 3 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Só neste mês foram licenciados, até quinta-feira, 186.598 automóveis novos, uma média de 15.549 unidades por dia útil, a maior da história. Em relação ao mesmo período de novembro de 2009, os negócios aumentaram quase 30%. Na comparação com igual intervalo de outubro, a alta é de 14,3%, segundo dados das empresas.

Para o diretor-geral de comunicação, relações públicas e governamentais da General Motors, Marcos Munhoz, a marca de 3 milhões de carros vendidos no mercado brasileiro “é simbólica” e foi atingida um mês e meio antes em relação ao ano passado. Em sua opinião, juros baixos e prazo longo ajudam muito na decisão de compra de um bem de alto valor, como o automóvel.

“Mas, se o consumidor não tiver confiança de que vai poder pagar, vai estar empregado e que sua renda não será diluída pela inflação, oferecer juros menores e prazos longos não adianta”, afirma Munhoz.

O diretor da GM ressalta que, nos EUA, o juro é praticamente zero, os prazos para pagamento chegam a cinco anos e, ainda assim, “o mercado não reage porque não há confiança.”

Entrada simbólica

A Volkswagen realiza sábado e domingo feirões nos estacionamentos do Shopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo, do Extra Anchieta, em São Bernardo do Campo, e do Shopping Osasco, além de estender ofertas para a rede de concessionárias em todo o País. A marca promove campanha em que o consumidor pode dar R$ 1 de entrada.

O Gol G5, por exemplo, pode ser adquirido com entrada simbólica de R$ 1 e 60 parcelas fixas de R$ 749. Outra opção é pagar a primeira parcela de R$ 5.698 após o carnaval e 60 prestações de R$ 631. A terceira alternativa é comprar o modelo à vista por R$ 28.490 e escolher como brinde vidros e travas elétricas ou ar condicionado.

Com o último feirão do ano agendado no Sambódromo, na zona norte da capital, a Fiat oferece, entre outras ofertas, Palio Fire 1.0 de R$ 26.070 por R$ 23.990. Toda a linha é vendida sem entrada, com primeira parcela em março e saldo em 60 meses. Como brinde na compra, o cliente pode escolher o pagamento do IPVA do ano, alarme, película protetora ou tapetes e protetor de cárter.

A GM optou por promoção em toda a rede de distribuidores. Quem comprar qualquer carro zero da marca terá direito a um cupom para concorrer em sorteio de um Camaro, modelo importado do Canadá que será lançado na próxima semana ao preço de R$ 185 mil. Já há encomendas de 400 unidades e fila de espera pelo sedã, diz Munhoz.

A Nissan realiza sábado e domingo feirão no estacionamento do Shopping Center Norte, também na zona norte de São Paulo com atrativos como primeira parcela depois do carnaval e juro zero. O comprador também leva gratuitamente um kit com IPVA, emplacamento, tanque cheio e película de proteção solar.

Local inédito

Um grupo de concessionárias da General Motors, Honda, Toyota e Volkswagen escolheu o estacionamento do supermercado Wall Mart, também na zona norte, para um feirão inédito no local. “Tivemos de batalhar muito para conseguir este espaço”, diz Mário Santos, diretor do grupo MSantos, agência especializada em varejo de automóveis.

“Como dezembro é um mês curto por causa das festas, muitas marcas antecipam os grandes eventos e chega a faltar local para feirões”, diz Santos, que já prepara outro megafeirão para o próximo fim de semana.

Espera por vaga em estacionamento de shopping chega a meia hora em SP

Espera por vaga em estacionamento de shopping chega a meia hora em SP

Luísa Alcalde, O Estado de S.Paulo, 19 de novembro de 2010

A procura por vagas em estacionamentos de shoppings de São Paulo chega a 30 minutos nos fins de semana. A reportagem visitou 16 dos 64 centros de compras da capital durante um mês e meio, sempre aos sábados, das 12h30 às 17h30. O maior tempo de espera, 31 minutos, cronometrados desde a entrada no estacionamento, foi registrado no Shopping Pátio Paulista, na região central. Em outros cinco, a espera variou entre 10 e 25 minutos.

E a situação deve piorar nas próximas semanas. Segundo a Associação dos Lojistas de Shopping Centers (Alshop), as vendas de Natal devem ter aumento de 12% em relação a 2009, o que significa mais gente nos centros de compras.

Em todos os shoppings visitados houve reclamações de frequentadores. Alguns dizem já ter esperado até uma hora por uma vaga e há os que reduziram as compras ou passaram a deixar o carro em casa.

“Estou há mais de meia hora parado aqui esperando alguém sair. Já não venho mais ao shopping justamente por isso. Como apareceu uma festa de última hora, não tive como escapar e vim comprar o presente”, reclamou o técnico em telefonia Rubens Mendes, no estacionamento do Center Norte, na zona norte. “Aliás, já estou perdendo a festa.” No dia da visita, 2 de outubro, a reportagem demorou 25 minutos para estacionar ali.

“Cansei de ver brigas em estacionamentos de shoppings”, afirma o empresário Leandro Cher. Ele ainda não desistiu dos estacionamentos, mas busca alternativas. “Prefiro parar nos valets. É mais caro, mas mais cômodo”, diz. Leandro também deixa o carro nos lava-rápidos dos shoppings. “Assim, resolvo dois problemas de uma vez só.”

A administradora Flávia Tolosa, de 46 anos, prefere andar dez quadras para ir ao Pátio Paulista. “Depois do Natal de 2008, quando rodei e não achei vaga, tive de pagar e ainda estacionei do lado de fora, nunca mais vou passar por isso”, diz. Se chove, ela vai de táxi. “Fica mais barato.”

Facilidades. O Pátio Paulista informou que vai criar mais 500 vagas em seu estacionamento até 2011 e que instalará um sistema de painéis que indicam onde há lugares disponíveis. Outros afirmam oferecer opções como o sistema Sem Parar, valets e sinalização das vagas. / COLABOROU LÍGIA TUON

Locais visitados

Pátio Paulista, Morumbi, Eldorado, Aricanduva, Villa-Lobos, Metrô Santa Cruz, Market Place, Iguatemi, Anália Franco, Tatuapé, Pátio Higienópolis, Vila Olímpia, Bourbon, West Plaza, Ibirapuera, Center Norte.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bicicultura 2010

BICICULTURA 2010 - Confira programação atualizada
Sorocaba/SP - 01 a 04 de dezembro de 2010

Após o sucesso do evento em Brasília em 2008, o Bicicultura vem se firmar como o mais importante evento brasileiro sobre bicicleta como meio de transporte, aventura, turismo, lazer e esporte.
Debates e palestras, oficinas e vivências, pedaladas e confraternizações: uma programação ampla para aprimorar o conhecimento sobre o ciclismo, cicloestruturas, políticas públicas, organização social e outros temas, uma oportunidade para estreitamento de laços entre ciclistas, cicloativistas, profissionais, gestores públicos e todos aqueles que gostam de pedalar e que se preocupam com a qualidade de vida e com a democratização da mobilidade.
O Bicicultura é uma promoção bianual da UCB - União de Ciclistas do Brasil e em 2010 está sendo co-organizado com a Prefeitura de Sorocaba, com o apoio de diversas empresas e entidades.
Veja a programação e demais informações em http://bicicultura2010.site.com.br/
Inscreva-se com antecedência e participe desse movimento cultural pró-bicicletas.
Comissão Organizadora
UCB - União de Ciclistas do Brasil
Prefeitura de Sorocaba

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

os doze piores engarrafamentos da história

dois são em São Paulo

12 Worst Traffic Jams

Published on 8/26/2010 under Places - by Gracie Murano - 136,237 views




The world's longest traffic jam was 110 miles (176 kilometers) long, between Paris and Lyon on the French Autoroute in 1980. (Link)



A 60-mile-long traffic jam on a major Beijing highway has lasted more than nine days, with stranded drivers taking to playing chess on their cars as local vendors organize roadside shops like in a Cortázar short story. What's causing this potentially month-long jam? In short, increased traffic on the highway mixed with maintenance and construction. Britain's Sky News reported the snarls have been commonplace since May as a result of a spike in the number of trucks using the roads, with the daily peak reaching about 17,000. In this specific case, cars and trucks have been piling up since August 14, 2010 on the National Expressway 100, which is also known as the G110, the major route from Beijing to Zhangjiakou. (Link)



A traffic jam in Sao Paulo, Brazil. In June 2009, Sao Paulo set a new record for bad traffic, 295km of traffic jam accumulated throughout the entire city, meaning over 35% of the city's roads. (Link)



Gridlock resulting from vehicles and pedestrians "blocking the box" at the intersection of 1st Avenue and 57th Street in New York City. (Link)




Moscow also has different reasons for traffic jams. One of them is frosty severe winter. Transportation roads cannot work well because of black ice. The other problem is high quantity of life and, as a result, possession of many vehicles. And apparently, some streets must be reconstructed and broadened. (Link)



Car and Motorcycle jam in Taipei. (Link)



Vehicles are stuck in a traffic jam caused by a demonstration held by flood-affected people demanding that the government provide aid to flood victims in Nowshera, Pakistan. (Link)



Traffic jam caused by the celebration of the Diwali in North India. (Link)



Patna witnessed unprecedented traffic jam in December 1, 2009, following protest rallies taken out by different organizations in support of their demands. Throughout the day, traffic chaos ruled all the roads giving a tough time for commuters. (Link)



Another picture of Sao Paulo, at the intersection of Faria Lima and Juscelino Kubischek Avenue. (Link)



Frozen Traffic Jam in Moscow. (Link)



Traffic congestion caused by people fleeing from Houston, Texas, due to Hurricane Rita in 2005. Evacuees used Interstate 45 which was/is an official evacuation route. (Link)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"mera coincidência" com a notícia anterior ...

Enquanto isso, na terra da fantasia...
Mortes na EPTG até agosto deste ano representam quase o dobro de 2009
Obras de revitalização da via dificultam ainda mais a travessia de pessoas no local

Naira Trindade

Roberta Machado

Publicação: 10/11/2010 08:20

Da banca montada em uma parada de ônibus às margens da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), o vendedor de lanches Francisco Lima assiste diariamente ao risco que correm os pedestres, às freadas bruscas e até mesmo a batidas entre carros. Francisco garante que o movimento, que para alguns pode parecer assustador, é comum na via que separa o Setor de Indústrias e Abastecimento e o Setor de Oficinas. “Fico até chocado com a quantidade de dinheiro envolvido e a falta de segurança para os pedestres”, protesta o vendedor. “Muita gente escapa por um triz. Tenho dó de quem trabalha aqui, pois ninguém se acostuma com o perigo”, lamenta.

As estatísticas mostram o risco que motoristas e pedestres correm na EPTG. Segundo o Detran, de janeiro a agosto, foram registrados nove acidentes com morte na pista. É quase o dobro do número registrado em todo o ano de 2009, quando cinco acidentes fizeram vítimas fatais na rodovia.

Antes da instalação de faixas de pedestres e de passarelas, os pedestres já viviam uma difícil realidade na EPTG. As largas vias inacabadas, no entanto, tornaram a via ainda mais perigosa. Nas últimas semanas, familiares choraram a morte de dois trabalhadores vítimas de atropelamento, mas eles não são os únicos que perderam a vida na pista. Para minimizar os problemas, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) determinou ao Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv) que disponibilizasse agentes para atuar no controle do trânsito da pista. As equipes, que começaram a trabalhar ontem, têm o objetivo de apoiar os pedestres durante a travessia nos horários de maior movimento até que as passarelas sejam concluídas.

No início da manhã e no fim da tarde, os policiais vão parar os carros para que os pedestres façam a travessia de forma segura. A assessoria de imprensa do DER não soube informar quantos policiais foram destacados para o trabalho.

Atraso oneroso
Primeira etapa da Linha Verde, a revitalização da Estrada Parque Taguatiga era esperada para abril deste ano. Toda a obra custou aos cofres públicos R$ 306 milhões. O ex-governador José Roberto Arruda pretendia promover uma grande festa para inaugurar oficialmente a via, plano que acabou abortado depois que ele deixou o cargo. Com atraso de mais de seis meses, o Governo do Distrito Federal liberou discretamente o acesso da via em 31 de outubro. Dois dias após a inauguração, um jovem de 21 anos morreu atropelado nas proximidades do Viaduto Israel Pinheiro. Ele foi atingido por uma Belina após ter atravessado três das quatro faixas da via principal. A vítima morreu na faixa exclusiva para ônibus, onde nem deveriam transitar carros.

Iniciadas no fim do ano passado, as obras da EPTG foram planejadas para facilitar o acesso de moradores de Taguatinga, de Águas Claras, do Guará e de Vicente Pires ao Plano Piloto. No entanto, trouxeram prejuízo aos pedestres que, sem passarelas, precisam driblar os 150 mil carros que cortam a rodovia diariamente. Em junho deste ano, Lea Viana Costa, 17 anos, perdeu a vida ao ser atropelada por um ônibus no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). No local, não havia parada de ônibus nem passagem para pedestres. Após a tragédia, o Departamento de Estrada de Rodagem improvisou pontos de travessia na pista.

Passagens duvidosas
 A escassez de paradas de ônibus obriga as pessoas que passam pelas pistas a correrem riscos em meio aos carros
A escassez de paradas de ônibus obriga as pessoas que passam pelas pistas a correrem riscos em meio aos carros

Ao todo, os 12,7km revitalizados ao longo da EPTG contam com 16 passagens para pedestres, sendo uma subterrânea. A maioria delas está em fase de conclusão. Em algumas, não há grades de proteção ou parapeitos para garantir a segurança de que passa pelos corredores estreitos de mais de quatro metros de altura. As passarelas ainda têm o acesso dificultado pelo acúmulo de terra e lama, que separam as calçadas das escadas. Com os obstáculos, os pedestres preferem caminhar até a faixa de pedestre mais próxima ou se aventurar entre os carros.

Romero de Araújo Silva, 37 anos, morador de Taguatinga, procura esquecer dos riscos ao disputar diariamente espaço com os carros na pista, pois desconfia da segurança das passarelas. “Elas não têm corrimão nem iluminação. Se não morrer da queda, morre atropelado.” A construção das passarelas em frente ao SIA, local com maior fluxo de pedestres, é mais atrasada. Enquanto algumas passagens são ignoradas, os trabalhadores do Setor de Indústrias correm para chegar com segurança nas paradas de ônibus. O maior número de mortes na EPTG foi registrado em 2004, quando 14 pessoas morreram ao envolver-se em acidentes.

Colaborou Adriana Bernardes


Outras vítimas
Em 3 de junho deste ano, Vanessa Coelho de Souza, 31 anos, teve morte cerebral diagnosticada após cair de carro em um buraco das obras. Em 17 de outubro, os irmãos Marcos Vinícius de Sousa, 23, e Marielle Araújo de Sousa, 22, também não sobreviveram após o carro em que eles estavam capotar na EPTG.

Operários
Na reta final das obras, cerca de 400 funcionários trabalham na EPTG. Eles se revezam das 5h às 22h, diariamente. Segundo a Secretaria de Transporte, o número varia de acordo com a etapa da obra. Dados do DER-DF informam que cerca de 150 mil veículos passam pela via todos os dias.

FAIXA DESRESPEITADA

Virgínia Maria P. Costa, 27 anos, operadora de telemarketing, moradora do Areal

“Todos os dias atravesso aqui, e os motoristas fingem não ver a gente. Antes era um Deus nos acuda, mas a faixa de pedestres não é garantia de travessia segura. Para eles, nós temos que passar voando por cima da pista. Não dá para esperar todos os carros pararem. Assim que o primeiro para você entra na faixa e vai sinalizando. Os motoristas passam de qualquer forma, desviam dos pedestres e ainda passam xingando. Por mais de uma vez, vi a hora de morrer, pois o carro parou muito perto de mim na faixa. Um amigo meu quase foi atropelado outro dia na pista do meio, onde a faixa de pedestres até hoje está pintada ao contrário. Até me arrepio só de pensar.”

MORTES NA VIA

2010 (De janeiro a agosto) - 9
2009 - 5
2008 - 8
2007 - 6

Entre janeiro e outubro, brasilienses compraram um carro a cada 4 minutos

do Correio.

Entre janeiro e outubro, brasilienses compraram um carro a cada 4 minutos
A frota brasiliense, com mais de 1,2 milhão de automóveis, ganhou o reforço de 96.265 unidades 0km. Confirmadas as previsões do setor, até dezembro outras 17 mil estarão nas ruas da capital federal

Diego Amorim

Publicação: 10/11/2010 08:46 Atualização: 10/11/2010 08:48

Quando quita um carro, a advogada Ana Flávia compra outro novo: 'O crédito farto permite isso' (Fotos: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Quando quita um carro, a advogada Ana Flávia compra outro novo: "O crédito farto permite isso"
Haja rua para tanto carro. Dados obtidos com exclusividade pelo Correio reforçam que a volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não arrefeceu a venda de veículos novos no Distrito Federal. Nos primeiros 10 meses do ano, 96.295 automóveis deixaram os pátios das concessionárias, segundo o balanço mais recente do sindicato do setor. Equivale dizer que um carro foi vendido a cada quatro minutos e meio — isso se as lojas funcionassem 24 horas, de segunda a segunda.

Em 2009, 113.686 veículos novos ganharam as vias da capital federal. A frota atual, segundo o Departamento de Trânsito (Detran), ultrapassa 1,2 milhão. Em ritmo frenético, as concessionárias devem comemorar ao fim deste ano o melhor desempenho da história. Serão pelo menos mais 17 mil carros rodando em Brasília até dezembro, caso se confirmem as previsões do setor. A ordem é bater recordes nos próximos dois meses.

No mês passado, o total de unidades comercializadas chegou a 10.414. Houve um recuo de 2,6% na comparação com setembro e de 7,2% em relação a outubro passado. Mesmo assim, as vendas contribuíram para que o acumulado do ano registre, até aqui, um avanço de 0,8% ante o mesmo período do ano passado. A tendência, sustenta o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do DF (Sincodiv-DF), Ricardo Lima, é que os números de 2010 superem os de 2009.

Tradicionalmente, muita gente pensa em trocar de carro no fim do ano. E com o 13º salário na conta, fica mais fácil tomar a decisão. “Mesmo tendo como referência um ano extraordinário como 2009, por conta do IPI reduzido, provavelmente vamos vender mais este ano”, comenta Lima, antes de lembrar que o consumo de veículos no Brasil só não é maior do que na China, nos Estados Unidos e no Japão. “E em 2011, não restam dúvidas, vamos continuar crescendo”, acredita.

O bom momento da economia brasileira, associado ao crédito em abundância e às facilidades de pagamento, deixa eufóricos vendedores e clientes. Em meia hora — ou antes disso — o cadastro é aprovado e o interessado pode levar para casa um veículo parcelado em até seis anos, sem nada de entrada. “As montadoras estão oferecendo bonificações agressivas. Ninguém no mercado está disposto a perder venda”, comenta Estenio Costa, gerente da Bravesa, concessionária da Volkswagen.

Brindes
Desde janeiro, 10 novas lojas de veículos abriram as portas no DF: já são 83 no total. A cada ano, mais marcas expandem seus negócios na capital do país, apostando no potencial de compra do brasiliense. Em média, 75% dos carros vendidos em Brasília são financiados. As taxas de juros do mercado têm variado entre 0,99% e 1,70%. Os brindes — emplacamento, IPVA, conjunto de tapetes, som, frisos — viraram itens obrigatórios na negociação. “Se não oferecer nada, o cliente não leva”, conta Costa.

A advogada Ana Flávia Almeida, 31 anos, levou um Voyage ontem, com brindes inclusos. Será o segundo carro financiado da família. “É assim: quando termina de pagar um, compro outro. O crédito farto permite isso”, avalia ela, que conseguiu diminuir o valor inicial do carro em R$ 3 mil, após pesquisar preço em três concessionárias.

Depois de perder o carro em um acidente, André Di Macedo adquiriu um zero, financiado em 36 parcelas: 'É muito fácil comprar carro hoje' (Fotos: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Depois de perder o carro em um acidente, André Di Macedo adquiriu um zero, financiado em 36 parcelas: "É muito fácil comprar carro hoje"
O produtor de eventos André Di Macedo, 28 anos, também está rodando na cidade de carro novo. Ele bateu o antigo, que teve perda total. Depois do susto, ao fazer as contas com o seguro, optou por comprar um 0km. “É muito fácil comprar carro hoje. Parcelei em 36 vezes e o valor cabe no meu orçamento”, diz Macedo. Especialistas em educação financeira costumam lembrar que os gastos com veículo não se resumem ao financiamento. Acumulam-se despesas com seguro, IPVA, revisão e manutenção, combustível, estacionamento.

Antes de chegar ao fim do ano em clima de festa, as concessionárias passaram por momentos de indefinição ao longo de 2010. Com a volta do IPI, em abril, o movimento nas lojas diminuiu, como era de se esperar. Ninguém arriscava dizer como seria o desempenho no segundo semestre. “O que vemos hoje é uma certa estabilização, porque ainda estamos retomando as vendas. A expectativa maior é, de fato, com novembro e dezembro”, pondera Alexandre Sena, gerente da Jorlan, da General Motors.

Projeção
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado no fim do mês passado, o montante injetado na economia local com o 13º salário em 2010 será de R$ 4,15 bilhões, um volume 24% superior ante 2009. Cerca de 1,4 milhão de trabalhadores serão beneficiados.

Desoneração
Com a crise econômica mundial no fim de 2008, o governo federal decidiu reduzir o IPI para estimular a venda de carros novos. A desoneração deveria ter acabado em dezembro passado, mas foi prorrogada até março deste ano com a intenção de manter o mercado aquecido. Montadoras pressionam o governo para que a redução seja definitiva para modelos flex.

Palavra de especialista
Alto risco de desconforto


“Os números revelam a velha ideia do sonho americano, em que cada um corre atrás do seu sonho individual, no caso o carro. Essa tendência moderna de individualização deixou de ser uma boa. Estamos todos parados nos engarrafamentos por esse motivo. Em países da Europa, as pessoas já perceberam isso. Aqui, ainda não. O transporte individual, obviamente, ocupa mais espaço nas ruas. E em Brasília é muito difícil ver algum veículo com mais de dois ocupantes. É preciso mudar o raciocínio de transporte e o padrão do transporte coletivo. As pessoas compram carros porque não confiam no transporte coletivo. Se nada for feito, em menos de 10 anos estaremos numa situação pior que a de São Paulo. E rodízio não será solução, como não foi na capital paulista.”

Flávio Dias, professor do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da Universidade de Brasília (Ceftru/UnB)

Mercado aquecido

Vendas em 2010

Janeiro - 6.753
Fevereiro - 7.569
Março - 12.378
Abril - 10.408
Maio - 8.118
Junho - 8.674
Julho - 10.001
Agosto - 11.287
Setembro - 10.693
Outubro - 10.414

Acumulado do ano (janeiro-outubro)
2003 - 32.076
2004 - 37.683
2005 - 41.165
2006 - 52.975
2007 - 69.996
2008 - 81.591
2009 - 95.523
2010 - 96.295

Ranking da preferência (janeiro-outubro)

Fiat - 26.266
Volkswagen - 20.903
General Motors - 13.269
Ford - 7.553
Renault - 5.021
Honda - 4.207
Hyundai - 3.583
Toyota - 2.905
Citroën - 2.431
Peugeot - 2.297

Fonte: Sincodiv-DF

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Biocombustíveis fazem mais mal ao clima que fósseis, diz estudo

Os planos europeus de promoção dos biocombustíveis levarão os agricultores a converterem 69 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa em lavouras, reduzindo a oferta de alimentos aos pobres e acelerando a mudança climática, segundo um relatório divulgado por ambientalistas na segunda-feira (8).
De acordo com esse estudo, o biocombustível adicional a ser usado na Europa ao longo da próxima década irá gerar entre 81 e 167 por cento a mais de dióxido de carbono do que os combustíveis fósseis.
Nove entidades ambientais chegaram a essa conclusão depois de analisarem dados oficiais relativos à meta da União Europeia de que até 2020 os combustíveis renováveis representem 10 por cento do total usado em transportes no bloco.
A equipe energética da Comissão Europeia, que formulou tal meta, argumentou que o impacto não será tão grande, porque os biocombustíveis serão extraídos principalmente de plantações em terras agrícolas atualmente abandonadas na Europa e na Ásia.
Novas estimativas científicas lançadas neste ano colocam em dúvida a sustentabilidade da meta dos 10 por cento, mas autoridades energéticas da UE afirmam que apenas dois terços da meta será alcançada pelos biocombustíveis, e que veículos elétricos, alimentados por fontes renováveis, oferecerão um equilíbrio.
No entanto, estratégias nacionais de energias renováveis publicadas até agora por 23 dos 27 países da UE mostram que até 2020 9,5 por cento dos combustíveis usados nos transportes devem ser biocombustíveis, e que 90 por cento disso virá de cultivos alimentares, segundo o relatório.
O debate gira em torno de um novo conceito, conhecido como ‘mudança indireta do uso fundiário.’
Basicamente, isso significa que transformar uma lavoura de grãos em cultivo de matéria-prima para biocombustíveis fará alguém, em algum lugar, passar fome, caso essas toneladas de grãos a menos não passarem a ser cultivadas em outro lugar.
Os fundamentos econômicos sugerem que esse déficit alimentar seria suprido com a ampliação da fronteira agrícola para áreas tropicais, o que implicaria a destruição de florestas — um processo que pode gerar enormes emissões de gases do efeito estufa, pela queima ou apodrecimento das árvores, revertendo eventuais benefícios que os biocombustíveis deveriam trazer.
O relatório diz que a estratégia da UE para os biocombustíveis poderia gerar 27 a 56 milhões de toneladas adicionais de gases do efeito estufa por ano. No pior cenário, isso seria equivalente a colocar 26 milhões de carros nas estradas europeias, diz o estudo.
Produtores tradicionais de biocombustíveis argumentam que a UE não deveria alterar suas políticas de promoção dos biocombustíveis levando em conta as novas estimativas científicas, porque estas ainda são incertas.
‘Qualquer política pública baseada em resultados tão altamente contestáveis seria facilmente desafiada na Organização Mundial do Comércio,’ disse o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Emmanuel Desplechin. (Fonte: G1)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bicicletada de outubro em SP



imagens do pessoal do Cicloveg.

CINE DIÁLOGOS AMBIENTAIS

X SEMEX – Brasília 50 anos DiverCidades
CINE DIÁLOGOS AMBIENTAIS
Cidade Verde e Bicicleta Livre apresentam:

CICLOCIDADES de Uirá Lourenço

Dia 09 de novembro, terça feira , às 18:30h , no CINE DOIS CANDANGOS, Faculdade de Educação - FE , Universidade de Brasília – UnB

Programação:

18:30h - Concurso Cidade Verde - Renato Zerbinato
18:45h - Divulgação de 3 prêmios -Entidades da sociedade civil e do governo
19:15h - Projeto Bicicleta Livre - Yuriê Baptista
19:30h - Movimentos Cicloativistas - Uirá Lourenço
19:45h - Filme: Ciclocidades
20:15h - Debate

morte de ciclista na EPTG

A EPTG mostra, mais uma vez, porque merece ser chamada de Linha Vermelha.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/11/07/cidades,i=222055/MOTORISTA+ATROPELA+E+MATA+PEDESTRE+EM+TAGUATINGA+NA+MANHA+DESTE+DOMINGO.shtml

Motorista atropela e mata pedestre em Taguatinga na manhã deste domingo

Leilane Menezes

Publicação: 07/11/2010 09:40 Atualização: 07/11/2010 10:34

Um carro ainda não identificado pela polícia atropelou e matou o pedestre Mário Dantas Pereira, 27 anos, por volta das 6h deste domingo, em Taguatinga. O rapaz tentava atravessar a Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG), sentido Guará-Taguatinga, na entrada da segunda cidade, quando foi atingido.

De acordo com informações do Centro Integrado de Atendimento e Despacho do Corpo de Bombeiros (Ciad), o motorista não prestou socorro e fugiu do local.

Segundo informações, Mário retornava de uma festa e estava afastado do trabalho por causa de problemas cardíacos. A perícia chegou ao local do acidente e encontrou uma parte do parachoque do veículo. A peça deve ajudar os policiais a chegarem até o atropelador.

Para R. DaMatta, brasileiro enlouquece e vira nazifascista no trânsito

Para R. DaMatta, brasileiro enlouquece e vira nazifascista no trânsito; veja livro

da Livraria da Folha

O sociólogo Roberto DaMatta reflete sobre o perigo de se transitar nas ruas, avenidas e rodovias brasileiras nas páginas de "Fé em Deus e Pé na Tábua" (Rocco, 2010), escrito em parceria com João Gualberto Moreira Vasconcellos e Ricardo Pandolfi.


João Brito/Folhapress
Para antropólogo, ruas foram dominadas por veículos e pedestres correm constante risco de morte ao transitar
Para antropólogo, ruas foram dominadas por veículos e pedestres correm constante risco de morte ao transitar

Para os autores, há uma inversão dos valores democráticos no trânsito e quem domina a situação é a minoria motorizada em detrimento da maioria pedestre. Essa hierarquia invertida faz com que os motoristas se sintam empoderados e assumam comportamentos impensados, ditatoriais e desrespeitosos à lei.


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"A minoria forte e protegida, explosivamente embrutecida por seus motores (e, muitas vezes, por seus revólveres e suas barras de ferro), torna-se opressora da maioria que, tentando seguir para o trabalho, para a escola ou simplesmente ir para casa, vê-se forçada a tentar sobreviver."

"Do mesmo modo que um governo tem o poder de nos massacrar com o que lhe der na telha (impostos, política externa voltada para confraternizar com ditadores, descaso pelas regras mais comezinhas do bom-senso), nós - dentro de um veículo - viramos nazifascistas. Nos transformamos em hierarcas superiores em um espaço marcado pela igualdade. Admoestamos e damos lições brutais aos que ousam desobedecer ou desafiar o fato estabelecido de a rua ser dos carros."

Divulgação
Livro analisa perigosa relação dos brasileiros com o transito
Livro analisa perigosa relação dos brasileiros com o transito

O volume analisa o motivo das pessoas se sobreporem com tanta facilidade às leis de trânsito e os fatores que levam os brasileiros atrás do volante a surtar violentamente.

Também é estudada a distribuição de automóveis, ônibus, motocicletas e bicicletas no espaço público e como eles se relacionam uns com os outros. Uma das principais ideias sustentadas é de que o carro funciona como uma extensão do corpo do próprio motorista.

Entre as soluções para o caos do asfalto, os cientistas sociais propõem novas formas de pensar a educação para o trânsito, que precisa levar em consideração a realidade caótica brasileira. Eles sugerem abordagens que podem mudar o comportamento dos motoristas ao longo do tempo.

DaMatta é um dos mais conhecidos e importantes antropólogos brasileiros. É autor dos livros "A Bola Corre Mais do Que os Homens" (Rocco) e "Carnavais, Malandros e Heróis" (Rocco), entre outros. Seus textos são marcados por linguagem simples e acessível, que torna públicos conhecimentos construídos nas universidades, os quais normalmente ficariam presos a complicados jargões acadêmicos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cultura da bicicleta na Europa - bom exemplo

texto e fotos por Uirá Lourenço


Para os que sonham com cidades saudáveis no Brasil e ainda creem na possibilidade de, um dia, termos boas condições para a mobilidade por bicicleta, vale conferir o link abaixo, com imagens sobre o uso de bicicleta em Paris, Berlim, Amsterdam e Copenhague.

Cultura da bicicleta na Europa
http://picasaweb.google.com.br/uiradebelem/CulturaDaBicicletaNaEuropa

Observei que são diversas as medidas de incentivo às bicicletas: ciclovias, ciclofaixas, bicicletários, integração intermodal, sinalização, fiscalização e educação no trânsito. Além disso, incentivo ao transporte coletivo, desestímulo aos automóveis (política de tributação e restrição do espaço destinado a eles) e moderação de tráfego (com destaque para as zonas 30, de baixa velocidade) fazem parte do pacote de melhorias na mobilidade.

Fica como exemplo a ser seguido.

Teremos novos governos em 2011. E a Copa será em 2014. O cenário é, em tese, favorável a mudanças. Só nos resta lutar por melhorias na mobilidade urbana. Definitivamente, a locomoção motorizada individual tradicionalmente adotada nos centros urbanos do Brasil não é racional nem saudável.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

reciclando as bicicletas

Recycling the Cycled
http://www.dudecraft.com/2010/11/recycling-cycled.html




Love this extensive post over at Bike Guerilla, packed with all the creative things people have done with old bicycles. Just goes to prove...Old bikes never die, some weirdo just makes a gate out of them. Much more here.

via Recyclart

GDF não cumpre promessa de construir 280 km de ciclovia

As ciclovias prometidas para o fim do ano, ficaram só no papel. A promessa foi feita há 40 dias e as obras nem começaram. O Distrito Federal tem 42 km de ciclovia construídos e outros 68 km em obras.


A promessa foi feita no dia 22 de setembro pelo governador Rogério Rosso, que prometeu investir R$ 54 milhões em 280 quilômetros de ciclovias até o fim do mandato. Mas, se foi um incentivo para quem queria trocar o carro pela bicicleta, não funcionou. Quase 40 dias depois, nada de obra.

“O tempo está acabando, o governo está se encerrando. Na próxima semana entra o governo de transição e as prioridades são outras e a gente fica na expectativa”, afirma o presidente da ONG Rodas da Paz, Ronaldo Alves.

O governo não concluiu nem as ciclovias que já estavam em construção, como as de Ceilândia, Santa Maria e Recanto das Emas. Em muitas cidades, os ciclistas ainda esperam para poder pedalar com tranquilidade. Em São Sebastião, a ciclovia começa no fim da cidade.

“A gente anda de bicicleta na pista junto com os carros, aí corre perigo de ser atropelado a qualquer hora. Eu já fui atropelado uma vez”, conta o estudante Weslei Oliveira

A pista segue por 12 km e é considerada a melhor do DF, mas ao longo da via o ciclista tem que parar várias vezes e a ciclovia termina no meio do nada. Ela liga São Sebastião a lugar nenhum. A pista acaba em frente a um condomínio, na estrada que segue para o Paranoá.

Para seguir para o Lago Sul, os ciclistas pegam as ciclo faixas, que ficam no acostamento e onde enfrentam velhos problemas. “Tem carros que passam bem perto, tirando o fino da gente, tem momentos que o motorista tem que ir com cuidado”, disse o jornaleiro Marcos Jesus.

O jardineiro Anilson José Dias que trabalha no Lago Sul e mora em São Sebastião sonha com o dia em que vai fazer todo o trajeto na ciclovia. “Bom para o trabalhador e pra quem quer fazer caminhada pela manhã. A passagem do ônibus é cara e a ciclovia ajuda muito. Eu já fui atropelado e o motorista fugiu”, conta.

A Novacap, que responsável pelas obras, informou que não vai comentar sobre o assunto porque os recursos anunciados pelo governador não foram remanejados para as ciclovias.

Renata Feldman / Luis Ródnei

A cidade é nossa!


Intervenção da última Massa Crítica:

Agora, a rota escolar ao longo da L2 e da W5 Norte está devidamente sinalizada para a presença de bicicletas.

Confiram:

http://picasaweb.google.com/uiradebelem/BicicletadaDeBrasiliaOutubro2010

Úúhh Bicicletada!!!