quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Frota de veículos na ruas não diminui no Dia Mundial Sem Carro

Na EPTG, sempre cheia, o trânsito continuou lento. Os carros dividiram as pistas com as bicicletas. Os ciclistas enfrentaram subidas, descidas e um trânsito pesado até o Eixo Monumental. Eles reclamam que a faixa exclusiva para bicicletas não vai ficar pronta em 30 de outubro, junto com a primeira etapa das obras. Eles receberam a promessa do GDF de liberar R$ 55 milhões para a construção de ciclovias em 10 cidades.

“Em questão de tempo, é quase a mesma coisa. Eu gasto no máximo cinco minutos a mais”, relata o funcionário público Pedro Gontijo Menezes. “Quando você se torna um ciclista, você também se torna um motorista mais respeitoso com quem pedala pelas ruas”, opina o agente patrimonial Mauro Batista. “Se não tiver transporte público que respeite o horário, confortável, as pessoas não vão deixar o carro em casa”, avalia o autônomo Renato Zerbinato.

O metrô, outra opção de transporte coletivo, cobre até agora apenas quatro cidades. No Plano Piloto, só a Asa Sul. São 160 mil passageiros diariamente. No Dia Mundial Sem Carro, os trens circulam até às 23 horas com a catraca livre.

Mesmo com a passagem gratuita, o movimento nas estações foi tranquila. Nas ruas, a frota do DF já é de 1,2 milhão de carros. Frente à rotina dos engarrafamentos e a falta de transporte público de qualidade, ciclovias bem sinalizadas e seguras podem fazer a diferença.

“Em Brasília, é perfeitamente possível. Uma cidade relativamente nova, com pistas amplas, dá para fazer tranquilamente, basta ter vontade”, afirma o presidente do Ibram, Gustavo Souto Maior.


Lívia Veiga

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