quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Nessa sexta, como todas as últimas sextas do mês, colocaremos as bicicletas nas ruas e lançaremos o mais alto possível nossas vozes em mais uma Bicicletada/Massa Crítica. Queremos retomar as ruas para assim retomar um pouco nossas vidas. Exaltamos a liberdade de transitar sem ter que consumir. Não aguentamos mais essa cidade que segrega em forma de eixos pavimentados para máquinas e a sua lógica de hierarquização absoluta do cotidiano.

Dessa vez, trata-se de uma Bicicleta especial, a favor da demarcação definitiva do Santuário dos Pajés em Brasília, em nome do sagrado convívio com a diferença e sobretudo uma cultura que se compreende a partir do equilíbrio com o entorno social e natural. Que privilegie as relações humanas diretas, e não as mediadas por hierarquias ou dinheiro.

É também uma Massa contra a especulação imobiliária que tal como o atual modelo de transporte deforma a cidade e as(os) cidadã(o)s, e de denúncia da devastação ambiental do novo bairro milionário mal-disfarçado de verde.

Nossas bicicletas dizem não ao Noroeste e às fortalezas móveis(?) e imóveis.

Então anota aí: nessa sexta, 27, 18h, na praça das bicicletas, ao lado da rodoviária.
Mais cerrado, menos concreto.
Mais bicicletas, menos carros.


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O que é a Bicicletada?

A Bicicletada é um movimento que existe no Brasil desde 2002, inspirado pelos encontros de Massa Crítica que acontecem em mais de 200 cidades ao redor do planeta. Sempre na última sexta-feira de cada mês, usuários de veículos não-motorizados se encontram para celebrar o transporte inteligente, reivindicar seu espaço nas ruas e o direito de andar com tranquilidade pelas cidades.

A Bicicletada nada mais é do que um espaço de visibilidade, encontro e festa; uma iniciativa horizontal, sem líderes e aberta a todos os cidadãos. A cada mês, no meio das buzinas e da fumaça, esta celebração permite a troca de idéias, a articulação de projetos e a ação direta em busca de uma cidade melhor, onde todos tenham direito de ir e vir com tranqüilidade.

Redução do IPI


enviado pelo Uirá:

Eis a contribuição do Brasil, às vésperas do encontro sobre meio ambiente, em Copenhague.

Em vez de estimular transporte de massa ou formas alternativas de locomoção, investimento em carro “ecológico”. Mais uma vez, o governo surfa na onda verde de forma equivocada.

Ao alegar que a Alemanha investiu no setor automotivo durante a crise, o ministro Mantega, que estava ao lado do presidente da Anfavea, esqueceu de informar que, lá, o investimento em transporte coletivo e em modalidades menos agressivas de locomoção é significativo.

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2009/11/24/governo-prorroga-reducao-de-ipi-para-carros-verdes-ate-marco.jhtm

24/11/2009 - 21h40

Governo prorroga redução de IPI para carros "verdes" até março

do UOL Economia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou novas medidas de incentivo fiscal para a indústria automobilística. As isenções estão associadas a produtos ambientalmente corretos, que poluem menos ou são mais econômicos, como aconteceu com os eletrodomésticos em outubro.

Foi mantida a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros flex (bicombustíveis, que usam gasolina ou álcool) até 1.000 cilindradas no patamar em que se encontra hoje. O tributo hoje está em 3% e permanece assim por mais quatro meses, até 31 de março. Pelo que estava previsto, o imposto voltaria gradativamente, em janeiro, ao nível de 7%. Agora, com a prorrogação, esse nível normal de 7% só será adotado depois de 31 de março (veja tabela acima e o vídeo abaixo).

Os carros a gasolina até 1.000 cilindradas continuam na volta progressiva, como estava programado. O imposto volta a 7% em janeiro.

Carros de até 2.000 cilindradas seguem a mesma regra. Os modelos flex estão hoje com 7,5%. Permanecem até 31de março com esse índice. Depois voltam ao normal, de 11%. Os carros a gasolina voltam ao patamar de 13% já em janeiro.

Para caminhões, o governo está estimulando a compra de veículos novos. Foi prorrogada a redução de tributos para junho do ano que vem, permanecendo com alíquotas zeradas.

“Vamos combinar redução de tributos com questão ambiental, como no caso da linha branca”, disse Mantega.

A desoneração estendida deverá custar aos cofres públicos R$ 1,3 bilhão.

Novas tecnologias

Mantega disse que o governo criou um grupo de trabalho para tratar com fabricantes, de modo que tragam ao Brasil novos projetos de carros preocupados com meio ambiente.

A ideia é usar energias renováveis e aperfeiçoar os motores flex, reduzindo suas emissões, estimulando a implantação de carros mais modernos. Seriam carros híbridos, que usem energia renovável e elétrica (assista ao vídeo acima).

O governo já havia anunciado ao longo do ano três medidas para estimular o setor de carros. A primeira foi a redução de IPI anunciada em dezembro de 2008 e que estava prevista para durar três meses, até março. Em março, decidiu prorrogar o incentivo por mais três meses. O governo pediu como contrapartida que não houvesse demissões nas montadoras.

Depois, em junho, houve nova prorrogação, também com a condição de preservação de empregos dos metalúrgicos. O IPI para carros ficou diminuído por mais três meses, até setembro. Os impostos vinham aumentando gradualmente desde outubro e voltariam ao nível normal em janeiro.

Todas essas medidas foram adotadas pelo governo para tentar aquecer a economia e enfrentar a crise global.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que estava ao lado do ministro durante o anúncio, elogiiou as medidas. Segundo ele, desde o início do ano, a indústria automotiva vendeu cerca de 400 mil veículos a mais, estimulada pela redução de IPI. Segundo ele, a manutenção do IPI zerado para caminhões vai ajudar na renovação da frota, que tem em média 16 a 18 anos.

Mantega disse que o Brasil não é o único a estimular o setor automotivo, citando que durante a crise, o governo da Alemanha, por exemplo, deu recursos para a população trocar de veículos. Ele disse o governo estará, cada vez mais, preocupado em adotar medidas com "selo verde", que estimulem a questão da preservação do meio ambiente.

"Não se trata de medida de cunho eleitoral, mas de medida de estímulo com responsabilidade ambiental. Queremos combinar desoneração fiscal com menor uso de energia, para emissão menor de gás carbônico", afirmou Mantega.

(Com informações do Valor Econômico)

A torta lógica dos motores...

Que tal pavimentarmos o resto mundo?



terça-feira, 24 de novembro de 2009

praça das bicicletas no jornal


Enviado pela Simone.
A placa da praça, com o paraciclo (que é constantemente usada por um punhado de gente) é uma ótima demonstração e como podemos intervir diretamente em nossa cidade e dá certo!

está na hora da gente fazer uma placa mais bonitinha e oficial pra praça né? =)

táxis-bicicletas em NY

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Empresa anuncia venda de aparelho que converte movimentos da bike em energia


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O equipamento custará US$99 e poderá ser comprado a partir de março do ano que vem/Fotos: Divulgação

Lançado mais um gadget capaz de tornar o que já era sustentável em algo ainda mais benéfico para o usuário e para o meio ambiente. A Dahon, fabricante mundial de bicicletas, anunciou para março de 2010 a venda de um aparelho que irá converter os movimentos da bike em eletricidade e alimentar equipamentos como iPod, iPhone, GPS e outros.

O BioLogic FreeCharge será vendido por US$99 e poderá ser instalado em qualquer bicicleta. Três horas de pedalas são suficientes para carregar toda a bateria de um desses eletrônicos, basta mantê-los conectados na entrada USB do conversor.

bike-2.jpg
Ele aproveita a energia cinética gerada pelos movimentos da bike e as transforma em eletricidade

O funcionamento do aparelho é bastante simples: ele fica ligado ao dínamo instalado na roda da bicicleta e aproveita a energia cinética gerada enquanto a pessoa pedala. Assim, a velocidade da bike é transformada em eletricidade, gerando energia limpa, que não agride o meio ambiente e que não precisa de nenhuma tomada.

Apesar do preço salgado, a invenção pode ser uma ótima alternativa para os apaixonados por bicicletas e não conseguem imaginar ficar sem música ou sem celular durante um passeio.

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*Via EcoDesenvolvimento.

I Semana Temática em Transportes

A I Semana Temática em Transportes do Programa de Pós-Graduação em Transportes (PPGT) é um evento de caráter singular na área de transportes, organizado por alunos da pós-graduação junto à Coordenação do Programa. O evento visa promover e incentivar um espaço de debate e o exercício da discussão e reflexão acerca das pesquisas e dos trabalhos acadêmicos do PPGT. Além disso, procurará atender à demanda de discussões, divulgação de pesquisas, e proporcionar um momento de reflexão sobre estudos na área de transportes. Os temas a serem abordados estão baseados em sugestões dos próprios alunos do PPGT.

O evento será realizado na semana de 25 a 27 de Novembro de 2009, sendo que a Palestra Inaugural, a Mesa Redonda 01 e as Sessões acontecerão no Auditório da Faculdade de Tecnologia (FT), já a Mesa Redonda 02 ocorrerá no Auditório do PPGT.

Quinta-feira, 26 de novembro
15h, sessão 2
Tema: Uso da bicicleta no Brasil
Autor: Mariana de Paiva

Programação completa em:

http://www.transportes.unb.br/paginas/4programacao_i_semana_ppgt_2009.pdf

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Protesto por estacionamentos.




Enviado por Uirá:


Os comerciantes, carrólatras e afins estão mais pilhados que nós, bicicleteiros.

Massa motorizada 1 x 0 Massa crítica

E o pior que eles reclamam de pança cheia. Na capital federal, as vagas são gratuitas e fartas. Permite-se o estacionamento em canteiros, sobre as calçadas e em fila dupla e até tripla.

Confira no link: http://www.correioweb.com.br/tvbrasilia/index.htm?id=3508


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NY e os carros



Quem diria que a Globo daria um final bacana pra uma matéria sobre carros né?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

atropelamento no rio

Câmeras da CET-Rio mostram momento exato de atropelamento

Acidente envolveu um ônibus, um carro de passeio e uma bicicleta.
Segundo corpo de bombeiros, mulher e criança estavam na bicicleta.

Um acidente envolvendo um ônibus, um carro e uma bicicleta chocou quem passava pela Estrada Marechal Alencastro, em Deodoro, no subúrbio do Rio. Câmeras da CET-Rio flagraram o episódio na quarta-feira (4) e as imagens foram divulgadas pela companhia.

O vídeo ao lado mostra imagens fortes do momento exato em que, após ser atingido por ônibus, o carro de passeio acerta uma mulher e uma criança que esperam o sinal fechar para atravessar numa bicicleta.

Segundo o Corpo de Bombeiros, três mulheres que estavam no carro foram atendidas e liberadas no local. Elas seriam Maria de Fátima Chaves, de 47 anos, Nilceia da Silva Mattos, 36, e Helena Marta Gomes dos Santos, 56.

Segundo funcionários do Hospital Carlos Chagas, a criança, de 7 anos, que fora atendida anteriormente numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi examinada pelos médicos e liberada em seguida.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, não consta atendimento médico para a mulher que estava com a criança.

A reportagem do G1 procurou em todos os hospitais da região, mas não encontrou registro de atendimento da mãe da criança.

Assista o vídeo em: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1373081-5606,00.html

Mais um ciclista morto no DF

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/11/cidades,i=153990/CICLISTA+MORRE+ATROPELADO+NA+DF+290.shtml

Ciclista morre atropelado na DF-290

Publicação: 11/11/2009 08:43 Atualização: 11/11/2009 09:04

Um ciclista morreu atropelado na manhã desta quarta-feira (11/11), na
DF-290, trafegando pelo acostamento. O homem, que aparenta ter cerca de
22 anos, ainda não foi identificado e o local está isolado até ser
realizada a perícia. O acidente foi no sentido Santa Maria/Luziânia,
próximo ao supermercado Tatico. O atropelamento foi por volta das 6h50
e o carro era um Santana cinza, de placa NFY-0292, de Goiás.

Estão querendo oficializar a invasão automotiva das áreas verdes...

Brasília, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Contra as vagas em áreas verdes

Luísa Medeiros

Cadu Gomes/CB/D.A Press - 4/11/09


Estacionamentos nas pontas das quadras: veto do Iphan e da Seduma


A proposta de criar estacionamentos nas áreas verdes das pontas das quadras comerciais do Plano Piloto não deve sair do papel. A medida alternativa para garantir o fluxo de clientes no comércio – que reduziram o movimento após a fiscalização contra a fila dupla do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPtran) – foi desaprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma). A justificativa dos representantes dos órgãos é a mesma: criar bolsões na área bucólica, prevista no projeto de criação de Brasília, fere o tombamento da cidade moderna.

O entendimento foi exposto em reunião realizada ontem na sede da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), no Setor Comercial Sul. A proposta foi apresentada pela entidade em conjunto com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) na semana passada. O argumento usado pelos comerciantes é que, depois da Operação Fila Dupla, iniciada neste segundo semestre do ano, o faturamento das lojas caiu cerca de 20% e a expectativa é que as vendas de Natal tenham queda também. “É uma solução provisória para evitar a perda de faturamento”, afirma o presidente do Sindhobar, Nadim Haddad.

Até então, havia uma sinalização positiva das secretarias de Segurança Pública e da Ordem Pública e Social em viabilizar a ideia. Ontem, o Executivo foi representado na reunião pela chefe de gabinete da Administração de Brasília, Eliana Klarmann, que preferiu discutir mais o assunto, sob o ponto de vista técnico, antes de dar uma posição. Para os representantes dos moradores, a proposta é primária e não resolveria o problema do enorme número de carros nas ruas da capital, além de agredir o tombamento da capital.



O número
40
Total de quadras comerciais onde a falta de vagas nos estacionamentos é considerada crítica, segundo a Associação Comercial do DF

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Audiência pública debateu programas do governo e propôs melhorias

por Luciana Melo

Incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte em condições seguras para os ciclistas é uma alternativa para diminuir os longos engarrafamentos que se formam em diversos pontos do Distrito Federal, todos os dias. Mas apesar da iniciativa ajudar a resolver parte do trânsito conturbado, muitos ciclistas afirmam que ainda não é possível trafegar livremente pelas ruas devido à falta de estrutura e segurança para este tipo de transporte.

Para muitos que utilizam a condução, a situação cicloviária no DF não está perto do que foi previsto no programa de reestruturação proposto pelo governo local. Entre as principais reclamações está o atraso na conclusão das ciclovias.

Foram tantas as reivindicações informais da categoria em diversas oportunidades, que motivaram uma audiência pública - realizada ontem no Parque da Cidade - entre representantes da Câmara Legislativa e usuários do meio de transporte. Diversos pontos do andamento do programa e das mudanças que ainda são necessárias foram debatidos no encontro.

PROGRAMA SERÁ EFETIVADO

Na ocasião, vários parlamentares se pronunciaram quanto a situação dos ciclistas no DF. Os representantes do governo, por sua vez, admitiram que o diagnóstico da situação não é dos melhores e que muito ainda há por ser feito pela categoria. Mas garantiram que o que foi programado irá ser efetivado da forma como havia sido prometido.

Segundo o presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Rodas da Paz, Ronaldo Alves, a intenção do debate foi formalizar as necessidades dos ciclistas para que as soluções possam ser tomadas de forma a beneficiar os usuários e a sociedade, que lida diariamente com os esportistas pelas ruas.

Para Alves, se as novas vias de acesso para bicicletas forem feitas ou até mesmo as melhorias na questão da segurança, todos certamente sairão ganhando. "Se nós, ciclistas, tivermos por onde andar, não iremos disputar a pista com os carros. Muitos acidentes serão evitados e o volume de veículos nas ruas certamente irá diminuir. Todos irão ganhar, inclusive o meio ambiente".

Conscientização é primordial

A necessidade de investir em campanhas de conscientização da sociedade quanto ao respeito pelos ciclistas foi um dos temas mais debatidos na audiência pública. Para o gerente de Projeto Estruturante da Secretaria de Governo e coordenador do Programa Cicloviário do DF (Pedala-DF), Leonardo Firme, todas as iniciativas em favor do ciclismo são importantes, mas a conscientização da população é, sem dúvida, fundamental.

"Se cada um atuar em seu espaço, teremos sucesso em todas as áreas. E investindo na consciência do respeito ao ciclista e na infraestrutura necessária para que cada um tenha sua área de atuação, conseguiremos resolver muitas outras questões, como a redução dos congestionamentos e, até mesmo, melhorar a qualidade de vida da população".

Para o técnico eletrônico Elivelton Barbosa, que pedala há mais de dois anos, e utiliza a bicicleta como seu principal meio de transporte, a conscientização da sociedade é extremamente necessária. "Eu uso a bicicleta para ir trabalhar e já passei por diversas situações no trânsito. As pessoas não respeitam, não dão espaço e muitas vezes ainda fazem gracinha com a gente. Isso nos deixa totalmente inseguros. É muito ruim". Barbosa comenta que, por outro lado, encontrou no meio de transporte uma solução para seus problemas. "Eu levava muito tempo para me deslocar de casa até o trabalho. E hoje, com a bicicleta, chego muito mais rápido e com mais qualidade de vida, pois me estresso menos no trânsito".

Para o professor de Educação Física Diego Bezerra, a qualidade de vida é indiscutível, mas uma coisa que preocupa muito os ciclistas é a questão da segurança. "Pedalar nos permite menos estresse, menos tempo perdido dentro do carro, mas nos deixa muito mais inseguros quanto a nossa segurança."

SAIBA +

Em meio à audiência pública que debateu as melhorias necessárias no programa cicloviário, um ciclista chamou muita atenção. O professor de inglês Craig Alden pedalava pelo Parque da Cidade com seus três cães em cima da bicicleta.

Segundo Alden - que mora na Asa Norte -, ele encontrou no ciclismo um jeito diferente de passear com seus bichinhos de estimação e garante que os animais gostam muito da programação. Frequentador assíduo do Parque da Cidade, ele costuma dar voltas diárias pelas ciclovias do local. Os cães são, ainda, bons equilibristas.

carros demais!

http://www.correiobraziliense.com.br/impresso/

Brasília, domingo, 08 de novembro de 2009

TRÂNSITO
É carro demais

Frota de Brasília terá crescimento recorde em 2009: pelo menos 80 mil carros entrarão em circulação apenas este ano. Quantidade de motos triplicou desde 2001

· ADRIANA BERNARDES

Carlos Silva/CB/D.A Press


EPTG, saída do Guará, às 7h50 de sexta-feira: um dos gargalos do trânsito

Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press


Antônio atribui o excesso de carros à má qualidade do transporte público


O Distrito Federal vai bater, este mês, o recorde de registro de carros, motos, ônibus e caminhões. A frota atual é de 1.127.260. Desse total, 72.142 veículos (6,3%) começaram a circular entre janeiro e outubro. Mantido o crescimento médio, até o fim de novembro o Departamento de Trânsito (Detran) terá registrado cerca de 80 mil novos veículos somente em 2009, contra 74.371 ao longo de todo o ano passado. O ritmo acelerado vem acompanhado de congestionamentos cada vez mais frequentes, além da falta de lugar para estacionar e da piora da qualidade do ar, além da poluição sonora.

Na capital do país, a relação carro por habitante está entre as mais altas do Brasil. Atualmente, é de um veículo para cada 2,3 moradores. Na casa do engenheiro eletricista Antônio Soares, 56 anos, a proporção é ainda maior. São cinco adultos, cada um com seu carro. E na rua onde ele mora, o caso dele não é exceção. “Aqui há cerca de 40 casas. A média de carros é de quatro por residência. Ao todo devem ser uns 150 carros”, calcula. “Em casa somos em cinco adultos, sendo que quatro têm ocupação profissional em locais diferentes no Plano Piloto. Não vejo nenhuma iniciativa do governo para colocar transporte público onde eu moro”, observa.

Antônio relata que no Lago Norte o ônibus circula apenas na avenida principal (DF-009). Moradores das QLs teriam de caminhar cerca de 2km até a pista principal para pegar o coletivo. “Ninguém deixa o carro em casa para andar à noite, debaixo do sol ou chuva para usar ônibus velho, com higiene repugnante e que não é pontual. Esses são três quesitos para conquistar a credibilidade dos usuários”, defende.

Esses problemas não ocorrem apenas no Lago Norte. A secretária Isabel Cristina dos Santos, 35 anos, trabalha a 5km de casa, no comércio do Sudoeste. O percurso é feito de carro, mas poderia ser de ônibus. “Até tentei. Mas eles (ônibus) não passam no mesmo horário. Se chegar atrasada, perco o emprego”, diz. Já Ana Maria Oliveira Santos, 22 anos, não tem opção. A moradora de Valparaíso (GO) trabalha como cabeleireira em um salão do Sudoeste. Sai de casa às 6h para chegar no emprego às 8h30. Nem sempre consegue. “Ônibus quebra, não passa. Essas coisas. E o preço é absurdo”, reclama.

Maior crescimento
Levantamento do Correio junto aos Detrans de sete capitais, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, revela que de 2001 a 2009 — período em que todos os órgãos consultados têm a estatística fechada —, Brasília é a capital que registrou o maior crescimento percentual da frota de carros e de motos. Em 2001, havia 521.337 carros registrados. Em outubro deste ano, são 845.219 (62,1% a mais). Já a quantidade de motocicletas saltou de 35.302 para 119.951, incremento de 239,7%, no mesmo período (veja arte). O Distrito Federal tem a maior renda per capita do país. E esta é uma das explicações para que se registre aqui uma das maiores taxas de crescimento da frota do Brasil.

Comparado aos engarrafamentos de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, os congestionamentos nas pistas de Brasília são pequenos. Mas testam diariamente a paciência do brasiliense em vários pontos do DF. Caso do caminhoneiro Cláudio Gomes, 38 anos, o “Seu Madruga”. Há quatro anos e meio, a rotina dele é exatamente a mesma. Mas ele não pode dizer o mesmo do trânsito.

Ele transporta brita de uma fábrica de cimento na DF-150, na região da Fercal, para Águas Claras. Na quinta-feira última, estava parado no acostamento na altura do balão do Colorado. “Estou esperando o engarrafamento acabar. É mais negócio eu esperar todo mundo descer para depois seguir viagem. Evito acidente, canso menos a cabeça, as pernas e evito desgaste do caminhão”, justifica.

O tempo de espera para o fluxo de carros diminuir chega a 30 minutos, às vezes mais. “Quando comecei não tinha esse engarrafamento. Agora, pego trânsito na porta da fábrica. Quero mais é que chegue 2015 para ir embora para o Nordeste. Envelhecer aqui é loucura. É trânsito demais. Você anda com a adrenalina à flor da pele”, diz.

Ciclovias no DF em discussão

O Parque da Cidade foi palco ontem de uma audiência pública para debater políticas para o ciclismo no DF. O evento foi realizado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa, por iniciativa de seu presidente, deputado Paulo Tadeu (PT).

O presidente da Organização Não Governamental (ONG) Rodas da Paz, Ronaldo Martins, ressalta que o poder público só se meche pela comunidade e que a audiência pública é uma forma de manifestar e cobrar. “A vida do ciclista no DF é muito complicada, é preciso sobreviver no trânsito. Foram 26 mortos atropelados só em 2009 em Brasília”, exemplifica.

Com o objetivo de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, será instalado no DF o sistema cicloviário, por meio da Lei n 4.397, de 31 de agosto de 2009, de autoria do deputado Rôney Nemer (PMDB). A intenção é de que sejam construídas ciclofaixas, faixas compartilhadas e rotas operacionais de ciclismo, além de condições para criação de bicicletários em prédios públicos, parques, centros de compras, escolas, indústrias, condomínios e de promover a integração do sistema cicloviário com o transporte coletivo de passageiros – ônibus, metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT). Segundo o deputado Roney Nemer, a norma servirá ainda para que o ciclista conheça seus direitos e deveres, inclusive o pedestre em relação aos ciclistas. “Hoje há um número de carros excessivo. Devemos promover ações que diminuam o tráfego. Nossa intenção é de que haja harmonia entre motoristas, pedestres e ciclistas”, aponta.

DUAS RODAS
Dea Monteiro, 34 anos, usa a bicicleta diariamente para ir trabalhar e usa um apito para chamar a atenção dos motoristas. São 6 km de casa para o local de trabalho. “Acredito que para pequenas distâncias a bicicleta me atenda melhor do que o carro. Quando preciso que as pessoas me vejam, quando avisto um ponto de conflito e que não fui vista, uso o meu apito”, conta. Assim como ela, milhares de pessoas utilizam a bicicleta como meio de transporte no DF. Mas elas pedem segurança, lugares apropriados para transitar e mais respeito no trânsito. Para o ciclista Rafael Maya, as condições das vias hoje são precárias. Não há infraestrutura e falta respeito no trânsito. “Uma grande parcela da população precisa da bicicleta para ir trabalhar e muitas vezes sofre acidentes. Vemos projetos, leis, conferências, mas na prática ainda não existe nada”, reclama.

da Tribuna do Brasil:
http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=4259

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Audiência Pública Sobre as Ciclovia do DF


Qual a importância de uma Audiência Pública?


Para nós, que utilizamos a bike no dia-a-dia e incentivamos o uso dela por outras pessoas, que participamos das conversas, debatemos e sempre buscamos soluções para nossos problemas, para nós que, apesar de muitos não gostarem, nos encaixamos no perfil de cicloativistas e sempre temos um discurso pronto em defesa da bike, torna-se quase uma obrigação comparecer, não somente comparecer, mas participar ativamente da audiência.


Será um momento quase único, onde teremos representantes do GDF, todos eles já foram convocados oficialmente pela Câmara Legislativa do Distrito Federal:

Secretaria de Obras;

Secretaria de Transportes;

DETRAN;

SEDUMA (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente);

Pedala DF;

DER;

DNIT.


Eles estarão lá para prestar contas, mas se não comparecermos e não cobrarmos, a audiência pode se tornar um palanque político para que essas pessoas perpetuem sua falácia e continuem fazendo as coisas da forma como acham correto e ainda com a tranquilidade de saber que ninguém de fato está preocupado com todos esses assuntos.


Cada um de nós temos nossas demandas específicas e cada um tem também uma necessidade diferente, mas é fato que todos juntos sempre teremos mais forças. Espero sinceramente ver na audiência cada um dos que tem o hábito de escrever, reclamar, sugerir...


Agora sim é uma boa hora para todas essas coisas...


Aliás, não sei se isso já foi escrito em algum momento por aqui, mas lá, na hora, o microfone vai estar aberto para que cada pessoa indague diretamente QUALQUER PESSOA que estiver compondo a mesa.


A Audiência vai acontecer numa estrutura especialmente montada para isso, com tranquilidade e proteção contra chuva e sol, além do mais, teremos local seguro para as bikes!!


Vamos lá galera!!!!